sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Centro de Nós Mesmos

O círculo ou quase círculo, nas galáxias, nas estrelas, nas órbitas planetárias, nas engrenagens, na roda dos carros, nas panelas dos fogões, nos botões de todas as espécies, no giro do relógio, nas espirais da estações, nos lembra de que em tudo e em todos há um centro, onde somos fortes, onde de fato somos nós mesmos, um círculo que reflete o círculo divino, cujo centro está em toda parte e sua circunferência não está em parte alguma. Ele está lá, o tempo todo. O centro de nós mesmos é um lugar que está além do consciente normal, assim como a sombra, mas está além dela, e poderíamos chamá-lo de completude que tudo abrange, mas vai mais além ainda, entrando no terreno do Grande Mistério. Não há regras nem dicas consistentes para acessá-lo. Lembra um insight, uma saída da matrix, mas não podemos defini-lo assim, nem de nenhum modo. Podemos falar dele, fazer considerações à sua borda, saber da sua existência, e vivê-lo quando em silêncio, e meditação profunda, ou de repente, de modo inesperado. Sim, não há fórmulas mágicas, nem livro de auto ajuda para conhecer o Centro de Nós Mesmos. Mas, assim como o círculo, ele está sempre presente em tudo e em todos, em nós mesmos, em uma consciência e inconsciência não local.