segunda-feira, 21 de junho de 2021

Ficção ou realidade? Fica a pulguinha atrás da orelha.

sábado, 12 de junho de 2021

DIONÍSIO, APOLO E A ARTE.

A polaridade está sempre presente no mundo físico, em toda parte e dentro de nós. Seja no Yin e Yang chinês, seja na mitologia grega, por exemplo. Dionísio é tido como o deus dos excessos, da alegria, das festas, da loucura, da bebedeira (intoxicação) e do teatro. Apolo é ponderado, comedido. Nietzsche propõe uma divisão do universo artístico entre o sonho e a embriaguez. No sonho “nós desfrutamos de uma compreensão imediata da figuração, todas as formas nos falam, não há nada que seja indiferente e inútil”. É também no sonho que figuras divinas são reveladas às almas humanas, onde os poetas se nutrem. Em Apolo encontramos a manifestação da bela aparência do mundo interior da fantasia. Um deus cujos “gestos e olhares nos falam todo o prazer e toda a sabedoria da aparência, juntamente com a beleza”. Estudando a antiguidade grega, Nietzsche afirmou que a criatividade e a beleza daquela civilização se deveram à sua capacidade de articular duas forças que em princípio são opostas. Para Nietzsche, as artes plásticas - em que a aparência, a beleza, a plasticidade e as formas materiais são indissociáveis - manifestariam um impulso apolíneo, quando estiverem atreladas a uma dissimulação ou metáfora do mundo. Na contramão dessa experiência onírica apolínea, surge a embriaguez dionisíaca. A associação entre o vinho de Dionísio e essa embriaguez é imediata. Ela apela para os instintos naturais (e animais), não mais para a racionalidade. As estruturas lógicas de Apolo dão lugar as emoções de Dionísio. A música seria então a manifestação dionisíaca por excelência. Uma arte com caráter abstracionista que prescinde da forma. Mas nenhuma arte pode ser puramente apolínea ou puramente dionisíaca. A criação humana depende da articulação desses dois princípios, uma vez que o dionisíaco nos dá o principio criativo e o apolíneo nos dá a ordem e a harmonia necessárias para a produção de algo belo. Desse modo, Nietzsche encontra na tragédia grega uma fusão dessas forças antagônicas, mas complementares, atrelando a energia emotiva dionisíaca à forma estrutural apolínea. Fontes de pesquisa: netmundi.org e avamakers

terça-feira, 8 de junho de 2021

O muro é diabólico.

Ter dúvidas é ser consciente dos próprios limites da condição humana. Não assumir posições é se acovardar. Escolher o caminho do meio, como dizia Buda, não significa ficar em cima do muro, mas sim não cair nos extremismos. Ou seja, você escolhe o seu lado sempre, porque não é covarde, mas este lado fica a centenas de metros do muro e não a quilômetros. Todo espiritualista de verdade assume posições políticas, porque vivemos na Polis, e tudo que fazemos é sempre um ato político. Tentar fugir disso é subir no muro e o muro tem dono: o que se chama de diabo. Diabo não é um ser, mas o o lado mal da polaridade, que se encontra em tudo e em todos. Aqui no plano físico, tudo tem polaridade. Dizer isso não é niqueísmo, porque no mal existe o bem e no bem existe o mal. O Taoismo é quem melhor explica as polaridades, os momentos de não agir, agir, recuar, avançar, entender o Yin e o Yang. Você sempre tem que tomar posição em todos os momentos.