quarta-feira, 7 de julho de 2021

FEMINISMO. ENTENDA O QUE É.

FEMINISMO SEM RADICALISMO. ENTENDA O QUE É. Há cerca de seis mil anos (4000 a.C.), o conceito de paternalismo criou raízes, dando início à propagação do Patriarcado. Na história, o termo "patriarcado" foi usado para se referir ao governo autocrático, realizado através do chefe de uma família. Mas há muito tempo, refere-se a sistemas sociais em que o poder é principalmente exercido por homens adultos. O Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como objetivo comum: direitos iguais e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais .A história do feminismo costuma ser dividida em três "ondas".A primeira no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira na década de 1990 até a atualidade. O feminismo alterou as perspectivas predominantes na sociedade ocidental, desde a cultura até o direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação. Se não fosse essa luta, as mulheres até hoje seriam discriminadas e não teriam voz na sociedade. Mas muita gente ainda, influenciada por conceitos errôneos da guerra cultural conservadora e reacionária, atribui termos pejorativos ao feminismo, chamando-o de abortista, por exemplo. Ora, nenhuma mulher no mundo é a favor do aborto, que causa grandes traumas psicológicos e físicos às mulheres. As mulheres só buscam o aborto como última das possibilidades. O que as mulheres querem é a descriminalização do aborto. No Brasil, o aborto é ilegal, mas há casos previstos em lei onde a interrupção da gestação é permitida: quando as mulheres são vítimas de estupro, quando há a confirmação de anencefalia do feto e se a gestação oferece risco à vida da mulher. Contudo, mesmo dentro dessas exceções, o estigma, o preconceito, o medo e a violência contra as mulheres que buscam ajuda as colocam na clandestinidade. Com a falta de acolhimento e de políticas públicas que possibilitem o atendimento humanizado, elas se arriscam ao procurar soluções alternativas para interromper a gravidez. O aborto inseguro é a quarta causa de morte materna no país. Em várias partes do mundo, principalmente nos países desenvolvidos, há muito o aborto é descriminalizado por todas essas razões já expostas. Outro fato relevante: o Brasil registra um caso de feminicídio a cada 7 horas, por motivos os mais variados, mas destaca-se a violência doméstica e os crimes passionais cometidos por homens que não aceitam o não de suas esposas e namoradas. É um verdadeiro massacre, um verdadeiro extermínio de mulheres. Portanto, a questão do feminismo tem que ser olhada pela realidade dos fatos e não por fanatismos injustificados. Defender a mulher, seus direitos e proteção é obrigação de qualquer sociedade humana, justa e democrática.