quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Teosofia. Nunca confunda com teologia.

A Teosofia é um conjunto de conhecimentos provindos da mais remota antigüidade. A palavra Teosofia vem da fusão de duas palavras gregas: Theos — que significa Deus, e Sophia — Sabedoria. Portanto, etimologicamente falando, Teosofia é Sabedoria Divina. Este termo é encontrado pela primeira vez no século II, aplicado pelo filósofo Ammonius Saccas (160-242), considerado o fundador da Escola Neoplatônica. Assim como Sócrates, ele aconselhava, aos que dele se aproximavam, que meditassem sobre o céu e a terra. Parece que não deixou nada escrito, sendo oral todo o seu ensinamento. Consta que não foi discípulo de ninguém. Era filósofo de nascença. Pela extraordinária bondade, seus discípulos — entre os quais figuravam Longinos, Orígenes e Plotino — o chamavam de Theoditaktos, que significa: o instruído por Deus. A origem desse sistema de conhecimentos, chamado Teosofia, perde-se na noite dos tempos. Sempre existiu, em todos os locais e épocas, um conjunto de regras transmitidas oralmente pelo mestre aos discípulos após terem sido estes submetidos às necessárias provas. A Teosofia constitui assim a base comum, o ponto de encontro de todas as Ciências, Filosofias e Religiões. Segundo afirma Jung no Ensaio já citado: "Não existe cultura primitiva que não tenha possuído um corpo, às vezes desenvolvido, de doutrinas iniciáticas secretas representando preceitos relativos às coisas obscuras que se situam além da vida humana diurna e suas lembranças. Os clãs dos homens e os clãs totêmicos tinham por finalidade proteger esse saber ensinado nas iniciações masculinas. A antigüidade fez o mesmo. Seus mistérios e mitologia tão ricos não são mais que uma relíquia de escalões mais antigos de experiências semelhantes".

Com o aparecimento da escrita, parte desses conhecimentos foram gravados, permitindo sua chegada até nós. Os hindus chamam esse sistema de conhecimento Brahma Vydia — A Sabedoria Divina. Os egípcios também a conheciam e citavam corno seu criador Pot Amoun, que viveu no início da dinastia dos Ptolomeus. Os mistérios de Ísis eram o veículo da transmissão desses conhecimentos. Os gregos tiveram plena ciência dela. Os mistérios de Delfos, Elêusis Deméter, Dionísio e tantos outros, difundidos pela Grécia e Ásia Menor, atestam isso perfeitamente. Na Sicília o grande Pitágoras a explicava aos discípulos envolta na simbologia dos números e formas. Havia em Roma os mistérios de Cibele, Atis e Ceres. Em Alexandria os já citados neoplatônicos Amonius de Saccas, Plotino, Porfírio, Jâmblico. No gnosticismo com Valentim e Basíledes. Entre os místicos de todas as épocas a Teosofia está revelada, constituí a Filosofia Perene de Leibnitz que embebe todas as filosofias. Ruysbroeck, Santa Gertrudes, Mestre Eckhart, Hildegarda, Suso, Jacob Boehme, Catarina de Siena, São Francisco de Assis, Francisco Sales, no Ocidente; Patanjali, Viasa, Mahavira, Sankara, Valmiki, Lao-Tsé, Milarepa, Nargajuna e tantos outros, no Oriente, são os que mais se destacam. Em suma, em todo o mundo, se cavarmos as camadas superpostas que constituem o conhecimento humano, encontraremos a base comum na Teosofia, raiz desse conhecimento. Em alguns lugares à flor do solo, em outros no fundo dos abismos.

BLOG DO LUIZ EDUARDO: UM BELO TEXTO DE OSHO

BLOG DO LUIZ EDUARDO: UM BELO TEXTO DE OSHO

Sobre o perdão: a incrível história de Buda e o assassino.

Se sua Meditação lhe traz para um estado de nuvem de chuva, você irá perdoar sem nenhum julgamento a partir da sua abundância, do seu amor, da sua compaixão.

De fato, gostaria de declarar que o homem que é indigno merece mais do que aquele que é digno. O homem que não merece, merece mais, porque ele é tão pobre; não seja duro com ele. A vida tem sido difícil para com ele. Ele se perdeu; ele tem sofrido por causa de seus atos errados. Agora não seja duro com ele. Ele precisa de mais amor do que aqueles que são merecedores; ele precisa de mais perdão do que aqueles que são dignos. Essa deve ser a única abordagem de um coração religioso.

Essa questão foi trazida perante Gautama Buda, porque ele ia iniciar um assassino no sannyas – e o assassino não era um assassino comum. Rudolph Hess não é nada comparado a ele. Seu nome era Angulimal. Angulimal significa um homem que usa um colar de dedos humanos.

Ele fez a promessa de que mataria mil pessoas; de cada pessoa ele retiraria um dedo para que ele pudesse lembrar quantos ele havia matado e ele fará um colar de todos esses dedos. No seu colar de dedos ele já tinha novecentos e noventa e nove dedos – só um estava faltando. E esse um estava faltando devido a que sua estrada estava fechada; ninguém passava por esse caminho. Gautama Buda, porém, entrou naquela estrada fechada. O rei tinha colocado guardas na estrada para impedir as pessoas, particularmente estrangeiros que não sabiam que um homem perigoso vivia por trás dos montes. Os guardas contaram a Gautama Buda, “Essa não é uma estrada para ser usada. Você terá que tomar um caminho mais longo, mas é melhor ir um pouco mais longe do que penetrar na boca da própria morte. Esse é o lugar onde Angulimal vive. Até mesmo o rei não tinha coragem de andar por essa estrada. Esse homem é simplesmente louco.

“A mãe dele costumava chegar até ele. Ela era a única pessoa que podia ir, de vez em quando, vê-lo, mas até mesmo ela deixou de ir. A última vez que ela foi lá ele disse a ela, ‘Agora só está faltando um dedo e apenas porque você é minha mãe... quero lhe avisar que se você vier outra vez você não voltará mais. Preciso desesperadamente de um dedo. Até agora não lhe matei porque outras pessoas estavam disponíveis, mas agora ninguém mais passa por essa estrada exceto você. Então quero que você saiba que da próxima vez, se você vir, será sua responsabilidade, não minha’. Desde àquela hora a mãe dele não veio mais”.

Os guardas disseram a Buda, “Não corra desnecessariamente o risco”. E vocês sabem o que Buda disse a eles? “Se eu não for então quem irá? Só duas coisas são possíveis: Ou eu conseguirei mudá-lo, e não posso perder esse desafio; ou irei provê-lo com mais um dedo para que o desejo dele seja realizado. De qualquer maneira irei morrer algum dia. Dar minha cabeça para Angulimal será pelo menos de alguma utilidade; do contrário um dia irei morrer e vocês me colocarão na pira funerária. Acho que assim é melhor para realizar o desejo de alguém e lhe dar paz mental. Ou ele irá me matar ou irei matá-lo, mas esse encontro irá acontecer; vocês apenas mostrem o caminho”.

As pessoas que seguiam Gautama Buda, seus companheiros íntimos que estavam sempre competindo para estar mais próximo dele, começaram a se afastar. Logo havia milhas de distância entre Gautama Buda e seus discípulos. Todos eles queriam ver o que acontecia, mas não queriam estar muito perto.

Angulimal estava sentado sobre sua rocha observando. Ele não podia acreditar em seus olhos. Um homem muito bonito de um carisma tão imenso estava vindo em sua direção. Quem seria este homem? Ele nunca tinha ouvido falar de Gautama Buda, Mas mesmo esse coração duro de Angulimal começou a sentir uma certa ternura para com esse homem. Ele parecia tão belo, vindo na direção dele. Era manhã cedo... Uma brisa fresca, e o sol estava surgindo... E os pássaros estavam cantando e as flores se abriam; e Buda estava chegando cada vez mais perto.

Finalmente Angulimal, com sua espada desembainhada em suas mãos, gritou, “Pare!” Gautama Buda estava a alguns metros de distância, e Angulimal disse, “Não dê outro passo porque então a responsabilidade não será minha. Talvez você não saiba quem sou!”.

Buda disse, “Você sabe quem você é?”.

Angulimal disse, “Isso não tem importância. Esse não é o lugar nem a hora para discutir tais coisas. Sua vida está em perigo!”.

Buda disse, “Penso de outra maneira – sua vida é que está em perigo”.

Esse homem disse, “Eu costumava pensar que era louco – você é simplesmente louco. E você continua chegando mais perto. Assim não diga que matei um homem inocente. Você parece tão inocente e tão bonito que quero que você volte. Encontrarei outra pessoa. Posso esperar; não há nenhuma pressa. Se já consegui novecentos e noventa e nove... é somente mais um, mas não me force a matá-lo”.

Buda disse, “Você está absolutamente cego. Você não pode ver uma simples coisa: Eu não estou me movendo na sua direção, você está se movendo na minha direção”.

Angulimal disse, “Isso é pura maluquice! Qualquer um pode ver que você está vindo e eu estou parado sobre minha rocha. Não me movi nem uma polegada”.

Buda disse, “Bobagem! A verdade é, desde o dia que me tornei iluminado não me movi mais nem uma simples polegada. Estou centrado, totalmente centrado, nenhum movimento. E sua mente está continuamente se movendo em círculos... e você tem a coragem de me mandar parar. Pare você! Eu já parei muito tempo atrás”.

Angulimal disse, “Parece que você é impossível, você é incurável. Você está fadado a ser morto. Irei sentir muito, mas que posso fazer? Nunca tinha visto um homem tão doido”.

Buda chegou muito perto, e as mãos de Angulimal estavam tremendo. O homem era tão belo, tão inocente, tão infantil. Ele já estava apaixonado. Ele matou tanta gente... Ele nunca tinha sentido essa fraqueza; ele nunca tinha conhecido o que é amor. Pela primeira vez ele estava cheio de amor. Assim havia uma contradição: a mão estava segurando uma espada para matar a pessoa, e seu coração estava dizendo, “Ponha a espada de volta na bainha”.

Buda disse, “Estou pronto, mas porque suas mãos estão tremendo? – você é um grande guerreiro, até mesmo os reis temem você, e sou apenas um pobre mendigo. Exceto a tigela de esmolas, não tenho mais nada. Você pode me matar, e me sentirei imensamente satisfeito de que pelo menos minha morte realiza o desejo de alguém; minha vida tem sido útil, minha morte também tem sido útil. Mas antes que você corte minha cabeça tenho um pequeno desejo, e acho que você me concederá um pequeno desejo antes de me matar”.

Diante da morte até mesmo o maior inimigo tem boa vontade de realizar qualquer desejo.

Angulimal disse, “O que você deseja?”

Buda disse, “Quero que você apenas corte da árvore um galho que esteja cheio de flores. Nunca mais verei essas flores novamente; quero ver essas flores bem de perto, sentir a fragrância delas e sua beleza nessa manhã ensolarada, a glória delas”.

Então Angulimal cortou com sua espada todo um galho cheio de flores. E antes que ele pudesse dá-lo a Buda, Buda disse, “Isso era somente metade do desejo; a outra metade é, por favor, ponha o galho de volta na árvore”.

Angulimal disse, “Eu achava desde o começo que você era maluco. Agora este é o desejo mais louco. Como é que posso colocar esse galho de volta?”

Buda disse, “Se você não pode criar, você não tem o direito de destruir. Se você não pode dar vida você não tem o direito de dar morte para nenhuma coisa viva”.

Um momento de silêncio e um momento de transformação... A espada caiu de suas mãos. Angulimal jogou-se aos pés de Gautama Buda e disse, “Não sei quem você é, mas quem quer que seja, leve-me para o mesmo espaço onde você se encontra, me inicie”.

Nesse momento os seguidores de Gautama Buda chegaram cada vez mais perto. Vendo que agora Buda estava de pé na frente de Angulimal, não havia nenhum problema, nenhum receio, embora ele precisasse só de um dedo. Eles ficaram ao redor e quando ele caiu aos pés de Buda eles imediatamente se aproximaram. Alguém levantou a questão, “Não inicie esse homem, ele é um assassino. E ele não é um assassino qualquer; ele assassinou novecentos e noventa e nove pessoas, todos inocentes, todos estrangeiros. Eles não fizeram nada de errado a ele. Ele nunca os tinha visto antes!”

Buda disse novamente, “Se eu não iniciá-lo, quem irá fazê-lo? E amo esse homem, amo sua coragem. E posso ver tremendas possibilidades nele: um simples homem lutando contra o mundo inteiro. Quero esse tipo de pessoa, que pode enfrentar o mundo inteiro com uma espada; agora ele irá enfrentar o mundo com uma consciência que é muito mais afiada do que qualquer espada. Eu lhes disse que um assassinato estava para acontecer, mas não tinha certeza de quem iria ser assassinado – Ou eu iria ser assassinado, ou Angulimal. Agora vocês podem ver que Angulimal foi morto. E quem sou eu para julgar?”

Ele iniciou Angulimal.

A questão não é se alguém merece ou não. A questão é se você possui a consciência, a abundância de amor – assim o perdão irá surgir dele espontaneamente. Isso não é um cálculo, isso não é aritmética.

Vida é amor, e viver uma vida de amor é a única vida religiosa, a única vida de oração, paz, a única vida de gratidão, grandeza, esplendor.



Osho, Extraído de: The Great Pilgrimage: From Here to Here, chapter 24

Você deu o endereço certo para Deus?

“Se você tinha que ser um dançarino, a vida virá por aquela porta, porque ela pensa que você é um dançarino. Ela bate na porta, mas você não está lá; você é um bancário. E como a vida vai saber que você se tornou um bancário? Deus vem a você da maneira que ele quer que você seja; ele conhece apenas aquele endereço. Mas você nunca é encontrado lá, você está sempre em algum outro lugar, escondendo-se atrás da máscara de alguém que não é você, com os trajes de alguém que não é você e usando o nome de alguém que não é você. Como você espera que Deus possa encontrá-lo? Ele segue procurando por você. Ele sabe o seu nome, mas você abandonou aquele nome. Ele conhece o seu endereço, mas você nunca morou lá. Você permitiu que o mundo desviasse você”.
"Osho"

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Místicos e espiritualistas.

Preste atenção. Mas bastante mesmo. A diferença entre místicos e espiritualistas é a mesma entre a superfície e a profundidade, entre as aparências e os conteúdos, entre dar ouvidos ao medo ou dar ouvidos à alma, entre o ego e o Eu Superior, entre tocar a roupa ou tocar a pele, entre palavras e ações, entre colecionar e singularizar, entre obviedades e criatividade, entre a pose e a espontaneidade. Os primeiros fascinam, os segundos são.
E não esqueça: espiritualistas de verdade são bem humorados e jamais arrogantes ou prepotentes. Porque quanto mais caminham, mais eles sabem que nada sabem diante do Grande Mistério.

Osho e o amor

A primeira coisa é: não julgue a si mesmo. Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas fraquezas.
Não há necessidade de fingir o contrário, seja simplesmente você mesmo. É assim que eu sou - cheio de medo. Não consigo sair na noite escura, não consigo ir na floresta densa. O que há de errado nisso? É simplesmente humano.
Quando você aceita, você é capaz de aceitar os outros, porque você terá um insight claro de que eles estão sofrendo da mesma doença. E aceitando-os, você irá ajudá-los a aceitar a si mesmos.Podemos reverter todo o processo: você se aceita e isso o torna capaz de aceitar os outros. E porque alguém os aceita, eles aprendem a beleza da aceitação pela primeira vez - QUANTA PAZ SE SENTE - e eles começam a aceitar os outros.
Dar amor é a linda e verdadeira experiência, porque com ela você é um mestre de si mesmo. Receber amor é uma experiência muito pequena, é a experiência de um mendigo.Não seja um mendigo, pelo menos tratando-se de amor, seja um imperador, porque o amor é uma qualidade inesgotável em você. Você pode dar tanto quanto quiser. Não tenha preocupação que ele esgotará. O amor não é uma quantidade, mas uma qualidade e qualidade de um certa categoria que cresce ao se dar e morre se você a segura. Seja realmente esbanjador!!
Não se importe para quem. Esta é na verdade a idéia de uma mente mesquinha: Eu darei amor a determinadas pessoas que tenham determinadas qualidades ... Você não entende que tem em abundância, que é uma nuvem de chuva. A nuvem de chuva não se importa onde chove - nas pedras, nos jardins, nos oceanos - não importa. Ela quer
descarregar-se e essa descarga é um tremendo alívio.
Assim o primeiro segredo é: não peça amor. Não espere, pensando que você dará se alguém lhe pedir - Dê!!
Tudo passa, mas você permanece - você é a realidade.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mahavira e o Jainismo

Mahavira é considerado como o homem que deu ao jainismo sua forma atual. Ele é, muitas vezes, ,chamado de "o fundador do jainismo".
Mahavira é o tirthankara mais recente (o último nesta era). Ele nasceu no nordeste da Índia, em 599 a.C., mas alguns estudiosos modernos preferem 540 aC, e recebu o nome de Vardhamana. Era um príncipe, o filho do rei Siddhartha e da Rainha Trishala, membros da casta kshatriya (guerreiros), e seguidores dos ensinamentos de Parshva.
O jainismo é uma Religião intermediária entre o Bramanisno e o Budismo, com origem na Índia entre os séculos 7 e 5 a.C. Seguem um jina, ou conquistador, que é um guia religioso que repudiou os interesses mundanos e alançou um grau supremo do conhecimento.
Os jinas, também são chamados tirthankaras, ensinam seus seguidores a libertarem-se do ciclo da reencarnação ao atingir as três jóias: conhecimento justo, fé correta e boa conduta, o que implica abandonar a violência, a cobiça, oartifício, manter-se castos e obedecer a uma série de votos.
As tirthankaras aparecem no mundo para ensinar o caminho para a moksha, ou libertação. Não se trata de uma encarnação do Deus, mas uma alma comum, que nasce como um ser humano e atinge os estados de um Tirthankar como resultado de práticas intensas de penitência, de serenidade e meditação. Como tal, o Tirthankar não é definido como um Avatar (deus-encarnado), mas é o puro estado final de desenvolvimento da alma.
O Jainismo ensina que o caminho para a libertação e felicidade é viver uma vida de inocência e renúncia. A sua essência é a preocupação pelo bem-estar de todos os seres do universo e para a saúde do próprio universo. Acreditam que os animais e plantas, assim como os seres humanos, contêm almas vivas e cada uma dessas almas é considerada de valor igual e deve ser tratada com respeito e compaixão.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Espiritualidade e sociedade

Jesus, Krishna, Buda, Salomão, Mahavira, Osho, São Francisco, só para citar alguns seres iluminados, todos falaram em amor e compaixão, jamais em dogmatismo religioso e jamais, portanto, foram defensores de uma sociedade dividida e injusta, como na que vivemos, gerando violência e ódio. Refletir sobre o papel do espiritualista é refletir interiormente e exteriormente, pois este é consequêdncia daquele. A sociedade como um todo é reflexo de todos nós. É por isso que disseram que enquanto um homem estiver em perigo todos estão em perigo. Zelar por cada habitante do planeta é obrigacão de todos.E isso implica zelar também por cada pensamento e sentimento próprio. Afinal, dizia aquela música de Walter Franco: viver é afinar o instrumento, de dentro pra fora, de fora pra dentro.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Jardim da Paz. - Porta do Sol

Recado da Mãe Divina - Chandra Lacombe

Aparências e Verdade

dizer que as aparências enganam é tão óbvio quanto é óbvio que quase ninguém deixa de se enganar sempre com isso: a principal arma da sedução é cegar instantaneamente por um tempo, a arma da verdade é mostrar-se lentamente com o tempo. O sedutor trabalha rápido gerando ilusão, a verdade passo a passo, porque sem seduzir, demora a ser reconhecida.

Hino aos Orixás

No infinito do Cosmos, está comprovada a máxima de que a capacidade de entregar resultados baseados em competência e suor é inversamente proporcional à prática de entregar-se de corpo e alma à bajulação ou puxa-saquismo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Arte do Xamã: http://templodaluaterapias.com/xama__a_morte_do_xama.htm

À medida que a roda da vida gira, todos os seres humanos chegam aos lugares em que deverão aprender lições idênticas. É neste momento que a morte do xamã entra em cena. Cada vez que a lição de um determinado raio da roda de vida é aprendida, a roda gira para que já comece a aparecer a lição contida no raio seguinte.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Joseph Campbell, o mitólogo indispensável.

Se você ainda não leu Joseph Campbell (1904-1987), não sabe o que está perdendo. Campbell investigou, ao longo de toda sua vida, a evolução das religiões. Na obra As máscaras de Deus, dividida em 4 volumes: Mitologia primitiva, Mitologia oriental, Mitologia ocidental e Mitologia criativa. Nela, o pesquisador conta como nasceram os mitos que deram origem a religiões em todo o mundo. Aponta semelhanças, mostra o lado oculto e desvela as metáforas das histórias mitológicas, mas principalmente indica às mentes estreitas que os mitos tendem a se tornar História, o que é
Campbell conta sobre um trecho do livro sagrado do budismo, onde Buda estica uma das mãos e de cada dedo sai um tigre que ataca seus inimigos. Se estivesse na Bíblia, esse mesmo trecho tendo Jesus Cristo como protagonista, os crentes iriam jurar de pés juntos que foi desse jeito que aconteceu.
Como disse Alan Watts (Myth and ritual in Christianity): “O Cristianismo foi interpretado por uma hierarquia ortodoxa que degradou o mito até convertê-lo em ciência e história. [...] Porque quando o mito é confundido com história, ele deixa de aplicar-se à vida interior do homem.”
Campbell diz que em todo Oriente prevalece a idéia de que o último plano da existência é algo além do nosso pensamento e nosso entendimento. Sendo assim, podemos acreditar no mistério mas não racionalizar ou querer situá-lo histórica e geograficamente. Lá não há o culto como conhecemos no Ocidente. Linhas de pensamento religioso orientais são: “Saber é não saber, não saber é saber” (Upanishad). “Isto és tu” (Vedas). “Os que sabem permanecem quietos” (Tao Te King). Chegar ao outro lado da margem do pensamento para encontrar paz e bem-estar é a finalidade do mito oriental.
No mito ocidental existe sempre um criador e uma criatura e os dois não são o mesmo – estão sempre em conflito e sempre há alguém ou algo a atrapalhar, incomodar: um diabo, um extraviado da criação. Diante da pouca importância que o homem tem diante de um Deus tão exigente, ele deve se ajoelhar e servir e não questionar e obedecer a parâmetros sempre ditados por alguma instituição, uma igreja, uma denominação. É uma religião de subserviência, cuja gestão é o conflito e o terrorismo psicológico.
Para Campbell, as grandes metáforas das religiões não podem ser entendidas como realidade e não podem atrapalhar o avanço científico da sociedade; não podem interferir na paz entre países, nem em angústias para as pessoas; não podem restringir o direito de amar – ora vejam! –, nem provocar ódio. As grandes metáforas das religiões deveriam ser poesias para os ouvidos – mas ninguém quer saber de poesia!
*

Horizontalidade x verticalidade

A horizontalidade é tão importante quanto a verticalidade. A primeira abre o leque de opções, a segunda aprofunda. A primeira sozinha produz futilidade e pseudo intelectuais. A segunda produz sabedoria, desde que que se tenha passado pelas referências da primeira.

A mente

A mente é como um paraquedas. Só funciona mesmo quando abrimos.
É asim que os dogmas vão cair todos, um a um.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Oração Xamânica ao Grande Espírito

GRANDE ESPÍRITO

Oh! Grande Espírito, que criou tudo antes e que reside em cada objeto, em cada pessoa e em todos os lugares, nós acreditamos em Ti. Nós Te invocamos dos mais distantes lugares para nossa presente consciência.

Oh! Grande Espírito do Norte, que dá asas às águas do ar e rola a grossa tempestade de neve antes de Ti. Tu, que cobres a Terra com um brilhante tapete de cristal, principalmente onde a profunda tranquilidade de cada som é maravilhosa. Tempera-nos com a força para permanecermos como parte da nevasca; sim, faça-nos agradecidos pela beleza que flui e se aprofunda sobre a quente Terra em seu despertar.

Oh! Grande Espírito do Leste, a Terra do Sol Nascente. Tu que seguras em Tua mão direita os anos de nossas vidas e em Tua mão esquerda as oportunidades de cada dia. Sustenta-nos para que não esqueçamos nossas oportunidades, nem percamos em preguiça as esperanças de cada dia e as esperanças de todos os anos.

Oh! Grande Espírito do Sul, cujo quente hálito de compaixão derrete o gelo que circunda nossos corações, cuja fragrância fala de distantes dias de primaveras e verões, dissolve nossos medos, transmuta nossas aversões, acenda nosso amor em chamas de verdade e existentes realidades. Ensina-nos que aquele que é forte é também gentil; que aquele que é sábio tempera justiça com piedade; e aquele que é um verdadeiro guerreiro combina coragem com compaixão.

Oh! Grande Espírito do Oeste, a Terra do Sol poente, com Tuas elevadas e livres montanhas, profundas e extensas pradarias, abençoa-nos com a sabedoria da paz que segue a contenção e a liberdade de quem vive como túnica flutuante nas asas da vida bem - disciplinada. Ensina-nos que o fim é melhor que o começo e que o por do sol não glorifica nada em vão.

Oh! Grande Espírito dos Céus, em dias de infinito azul e misturado às infindáveis estrelas da noite de cada estação, lembra-nos o quanto és imenso e bonito e majestoso além de todo o nosso conhecimento ou saber, mas que também não estás tão longe de nós, quanto o mais alto de nossas cabeças ou o mais baixo de nossos olhos.

Oh! Grande Espírito da Mãe Terra sob nossos pés; Mestra dos metais; Germinadora das sementes e Celeiro de ocultos recursos da Terra, ajuda-nos a dar graças incessantemente pela Tua presente generosidade.

Oh! Grande Espírito de nossas almas, que ardes há tempos em nosso corações e em nossas profundas aspirações, fala-nos agora e sempre de tudo que precisamos saber sobre a grandeza e bondade de Teus presentes para a vida, para sermos orgulhosos do inestimável privilégio de viver.

1996 Noel Knockwood, B.A. Elder

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aprendizado

Um problema com a aprendizagem é que uma vez que algo é aprendido vira costume e não reconsideramos mais nada sobre isso. Continuamos a operar de uma maneira subótima, baseados em respostas não examinadas, transformadas em hábito por exeperiências anteriores. E nos fechamos à evolução do aprendizado.