sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mooji

Há muitas pessoas falando sobre espiritualidade, muitas escolas, muitas tendências, muitos conceitos, muitas teorias. De tanto pesquisar, ler, frequentar grupos diferentes, chega uma hora que é preciso dar um basta à mente, afinal é ela que nos impede de dar o salto que realmente precisamos. Mooji é um ser especial que fala sobre isso. Um negro jamaicano que se iluminou. Veja este video e depois outros e mais outros.

sábado, 24 de outubro de 2015

Realidade e Ilusão

O desafio de entender a realidade e desfazer-se da ilusão é muito grande, porque cada um enxerga o que se chama de realidade de uma maneira particular, do mesmo modo que se vê de modo diferente que os outros o veem, cada qual também à sua maneira. Temos consenso sobre determinadas coisas, por exemplo, aquilo ali é uma cadeira, aquela é uma árvore, olha o cachorro, veja esta mulher, aqui é o Brasil. Agora, cada um encarará aquela cadeira - e tudo que aqui citei como exemplo - de um modo particular, com critérios próprios de feio, bonito, legal, chato, simpático, antipático, atraente, repulsivo,etc. Parece óbvio falar da realidade, mas o que é real de fato? Aquilo que os sentidos apontam? E aquilo que pensamos, sentimos ou imaginamos? É senso comum que realidade significa o ajuste que fazemos entre a imagem e a ideia da coisa em si, entre verdade e verossimilhança. O assunto realidade é matéria presente em todas as ciências e tem particular importância nas ciências que têm como objeto de estudo o próprio homem: a antropologia cultural e todas as que nela estão implicadas, como a filosofia, a psicologia, a semiologia e muitas outras, como também nas artes. O modo em como a mente interpreta a realidade é uma polêmica antiga e grandes pensadores de todos os tempos teceram suas teses sobre o tema. Na interpretação ou representação do real, seja verdade subjetiva ou crença, a realidade está sujeita ao campo das escolhas, das interpretações, ou seja, determinamos parte do que consideramos ser um fato, ato ou uma possibilidade, algo adquirido a partir dos sentidos e do conhecimento adquirido. Dessa forma, a construção das coisas e as nossas relações dependem de um complexo contexto, que ao longo da nossa existência cria uma lente, definindo o que vamos aceitar como real. A realidade, desse modo, é construída por cada um, não é dada pronta para ser descoberta. Aquilo que observamos está vinculado a escolhas, que são mais um conjunto de normas do que evidência. Chegamos assim a pereceber que não existe realidade absoluta, mas visões particulares, pois nada existe ou é igual para todos. Assim, quando alguém chega pra você e diz para encarar a realidade, você pode perguntar: - Qual, a sua ou a minha? Vale o mesmo para todos os conceitos, inclusive o de Deus, pois cada um tem uma visão própria de Deus, vinculada ou não a alguma religião. Por falar nelas, alguns acreditam em céu e inferno, em uma só vida carnal, outros em vários planos pós-morte e em reencarnação, só para citar básicas diferenças. Para outros, só existe esta vida e fim e quando ouvem falar em plano astral, por exemplo, acham isso uma tremenda bobagem. Seja no campo científico com métodos próprios ou no campo metafísico, a realidade dança conforme o investigador. O que era julgado realidade ontem não é mais hoje e será diferente no futuro, conforme o avanço das pesquisas ou das consciências. Na física quântica, personalidades como o Físico indiano Amit Goswammi, faz pontes entre ciência e espiritualidade, com novas investigações não aceitas no meio científico, mas muito bem recebidas por muita gente. Tudo muda o tempo todo, tudo é transitório e nossos conceitos de realidade e de quem somos também. Estamos vivos, só isso que sabemos, e queremos aproveitar este fato da melhor maneira possível. Se tudo aqui ou o quê aqui é real ou ilusão não sabemos ao certo. Mas a música está tocando. Cabe a nós dançar e curtir ao máximo este som e tentar eliminar os ruídos que nos atrapalham e não nos deixam ouvir direito a melodia e sua letra. É tudo o que temos. Somos curiosos e não vamos parar de investigar. Isso é bom, mas não deve ser uma obsessão, pois ela também estraga a música. Investigar deve ser uma viagem prazeirosa enquanto dançamos, senão não faz sentido.

Eu Superior

Não estou interessado mais em teorias. Já vi o suficiente delas. Não estou interessado no que vai me dizer, nem no que eu possa te falar. Não estou interessado na última palavra da ciência, nem nos manuscritos mais antigos que possam recontar a história. Não estou interessado em mudar este sistema, nem em conservá-lo. Não estou interessado em minhas memórias.Não estou interessado em mim. Só me interessa o Eu em mim, o Eu em você, os Eus, Deus em nós.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Ganesha, o removedor de obstáculos.

Quem é Ganesha, o que simboliza? A história conta que é filho de Shiva. Uma dia quando a esposa de Shiva, Parvati, estava se sentindo só, ela resolve criar um filho para lhe fazer companhia, Ganesha. Enquanto tomava banho, ela pediu que o filho não deixasse ninguém entrar em casa. Nesse dia, Shiva chegou mais cedo do que se esperava e brigou com o menino que o impedia de entrar na própria casa. Nessa briga, Shiva arranca a cabeça do menino com o tridemte. Quando a mãe vê o que aconteceu, chora e explica tudo para o marido. Shiva então lhe dá de volta a vida, substituindo a cabeça com a do primeiro animal que aparece, um elefante. As histórias de Ganesha são muito inspiradoras. Ele sempre tem um jeito astuto de resolver os problemas. Como se sabe, os símbolos são apenas um veículo para a mente refletir, se inspirar e tomar atitudes.Vvamos ver o que Ganesha representa enquanto símbolo. A cabeça de elefante simboliza a felicidade, pois sua face transmite a paz e sua tromba remete ao discernimento e à capacidade de distingir entre o real e o irreal e em conduzir bem a vida. As orelhas simbolizam o dharma e o adharma, o que é certo e errado, e sua tromba entre as duas é capaz de levantar um tronco de árvore ou um palito. E é assim que devemos ser na vida, conseguir distinguir o justo e o injusto não apenas nas grandes situações da vida mas também nos seus aspectos mais sutis. A cabeça de elefante simboliza esse intelecto com paz e maturidade. Na testa, vê-se o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente), simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele, Ganesha possui apenas um dente. A história conta que quando Vyasa precisava de um escritor para colocar os Vedas, ele foi o primeiro a levanta a mão. E Vyasa disse para ele: “mas você não tem lápis ou caneta.” Ele então quebrou o dente e falou: “problema resolvido!” A idéia é a prontidão para se doar. Não existe relação com nada, nem ninguém, quando não há uma auto-doação. Você se oferece e dá um pouco de si e a outra pessoa faz o mesmo, Essa é a base de toda relação e seu dente quebrado é para lembrar isso. Ganesha tem na primeira mão o dente quebrado. Na segunda e na terceira ele carrega um ankusha (atiçador de elefantes) e um pasha (laço), que são ferramentas usadas para auxiliar os seus devotos. Ele tem duas ferramentas, porque existem dois obstáculos mentais que precisam ser trabalhados. Quando a mente está em tamas, com lascidão, preguiçosa e improdutiva ele usa o atiçador de elefantes para ninguém dormir no ponto, porque tamas só é vencida com o movimento de rajas. E quando a mente está em rajas, produtiva e com boa velocidade, existe uma zona de perigo quando esta velocidade passa do limite, tanto para nossa saúde, como para os nossos relacionamentos ou para o próprio ego, que começa a crescer e se achar importante. É neste instante que Ganesha usa o laço, segura a gente ou dá aquela puxadinha no pé, que nos faz tropeçar e lembrar que não somos "o máximo". O laço traz a gente de volta para o centro, indicando que temos um pequeno papel dentro desse mundo enorme. Esse é o segundo símbolo, ele nos ensina a colocar o limite e trazer o ego para seu lugar. Esse limite é colocado pela presença de sattva nas ações, o compartilhar, dividir e pensar no próximo. A quarta mão é o varada mudra, a mão que abençoa. Abençoa dando resultado às nossas orações como também refúgio para a estabilidade emocional e evolução espiritual. Essa mão em varada mudra é comum a muitas imagens, pois simboliza a disponibilidade de Deus e o papel da devoção no crescimento de cada um. Ganesha tem um barriga grande, ela contém infinitos universos. Simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo. Ganesha é o Senhor dos obstáculos, pois ele é aquele que coloca e aquele que tira os obstáculos da nossa vida. Ele é quem regula os karmas e dá os resultados das ações. E é por isso que quando queremos tocar nossos projetos para frente pensamos em Ganesha. Essa é uma forma espetacular da tradição de trazer a visão de Deus para a vida. Quando iniciamos um empreendimento, planejamos e pensamos nos obstáculos, e aí naturalmente como o obstáculo está associado a Ganesha, lembramos de Deus, realizamos nossa oração e partimos para a ação. O divino veículo de Ganesha é o rato ou mushika, que simbololiza talento e inteligência. Ele representa a investigação precisa de um assunto difícil. Um rato vive uma vida marginal nos esgotos, o que é também um símbolo da ignorância, dominante nas trevas, que teme a luz do conhecimento. O rato representa o ego, a mente e os seus desejos e o orgulho do ego. Ganesha, em algumas representações, está cavalgando um rato, e se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências negativas, apontando o o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a nossa mente. Existem outras interpretações coerentes com a tradição. Alguns artistas o colocam segurando uma flor, outros um prato com doces. Lembre-se que não existe um Deus com cabeça de elefante sentado em lugar nenhum. Trata-se de um símbolo do divino.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A personagem que você vive

Antes de tudo, é preciso saber que você mente, mente para Si mesmo, sempre mentiu, construiu sua vida à base de mentiras absolutamente sinceras. Você aprendeu isso desde cedo, de alguma forma sentiu que este era o modo de viver neste mundo, todos mentindo par si mesmos e para todos. Você foi percebendo como as pessoas agiam, do que gostavam, do que não gostavam, do que era bem-vindo, aceito, e foi tentando agradar a si mesmo e aos outros construindo uma persona, máscara, personalidade, de acordo com isso e foi-se convencendo de quem era. Foi um trabalho danado se adaptar a esta sociedade, ser integrado a ela. De alguma forma você conseguiu, mas agora você começa a perceber que a grande perda neste processo foi você mesmo, sim porque o que foi formado é tão irreal quanto uma personagem de um filme de ficção. Isso a que você chama de você é uma construção que você criou, um castelo de areia. Não há nenhuma solidez, foi feito para cair. Ao ouvir isso, que você sabe ser verdade, o choque é grande, não é mesmo? Isso a que você chama de eu é completamente irreal. E onde está o Eu verdadeiro? Ele está observando este teatro, este personagem que você criou, esperando que você em pleno ato no drama da peça, você lembre que está interpretando uma personagem que criou, boa, ruim, feliz, infeliz, sábia, burra, aquela que você escolheu interpretar. Você pode trocar de personagem quantas vezes quiser, normalmente constrói uma em cada vida, mas o Eu que está na plateia é sempre o mesmo, o Eu real. Pode-se dizer também que o Eu real está vivendo a cada reencarnação um sonho. SE você não está gostando da história da personagem que está vivendo, pode mexer no roteiro e fazer uma história melhor. Agora, você pensou no Karma e como ele age em todos os personagens de cada vida. Ele é o co-roteirista e diretor que trabalha com você ator-diretor e personagens. Conhece seu histórico de interpretações, se melhor para comédia, drama, suas fraquezas e qualidades como intérprete e roteirista-diretor. É seu sócio nisso, trabalham juntos. Pra mudar o roteiro. digamos, um que lhe tire da tragédia e o coloque num musical feliz, vocês têm que escolher um que se adeque à sua capacidade de roteirizar e interpretar. lembre-se que você já escrever e interpretou milhares de personagens. Tem experiência. É perfeitamente possível pra você escolger um roteiro onde você vive uma personagem feliz.

sábado, 17 de outubro de 2015

Unicidade

11 horas no relógio. Adiantando uma hora para o horário do verão, é meia-noite. E se adiantássemos 13 horas? Seria meio-dia. Meio-dia à meia-noite. A troca da noite pelo dia ou seria a troca do dia pela noite. Os notívagos adorariam, os diuturnos, detestariam. Mas essa coisa de adiantar o relógio mostra que, se quesíssemos poderíamos brincar com o tempo. E se adiantássemos 100 anos no calendário? Não mudaria nada, apenas estaríamos em 2115, mas tudo igual por aí. Melhor mesmo a máquina do tempo que ainda não inventaram. Ou inventaram no futuro e muitos viajam para cá no passado deles? Bom, isso já foi tema de filme. Ms e, se derepente, já ouvi falar sobre isso, se o tempo simplesmente desaparecesse e passado, presente e futuro se encontrassem todos aqui e agora? Como seria isso? A nível pessoal, é até possível imaginar, Quem você foi, é e será estariam todos presentes. Mas e nas civilizações, por exemplo? Todas as civilizações passadas, presentes e futuras como poderiam estar vivendo juntas ao mesmo tempo? Pressupondo a reencarnação, o cara que foi um gladiador em Roma e é agora um jogador de futebol em São Paulo e será um piloto de nave espacial em 2110 na Dinamarca, como e onde estaria aqui e agora, no eterno presente? Lembrando que ele foi mil outras coisas no passado e será mil e outras coisas no futiuro? Como seria então este não tempo? Desaparecriam todos os cenários, todas as personalidades e ficaria apenas o eterno Eu Superior, sem vestes e sem lugares? Deus seria isso, o Imanifestado que quando se manifesta, o faz em zilhões de personalidades e em zilhões de lugares no tempo e no espaço? Por isso, somos o próprio Deus? Seria esta uma das possíveis explicações do conceito de que Somos Todos Um?

Consciência do Uno

Rompem os trovôes da harmonia, flechas lançadas atravessam o vento e atingem o peito com a flor na ponta Despertar de cores, flautas indíǵenas ressoam nos cantos do mundo Cachoeiras tocam as setes notas musicais Rompem as pedras a serem rompidas Tocam suavemente as pedras que devem ser mantidas e destas reluzem intensos brilhos do agora Transpassam-se todos os tempos Gritam animais de poder toda sua força Ecoam nas águas dos sentimentos Vibram em todos os pensamentos O fogo destrói o velho e cozinha o novo Porvir é o presente Encontram-se todos os momentos Arde o clamor de eras e eras Surge a consciência do Uno Nada detém a evolução

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Nunca vi um economista dizer isso.

Nunca vi um economista dizer isso, é claro, porque não é científico, "não pegaria bem pra ele", mas me parece tão óbvio. A abundância existe, o que não existe é amor-sabedoria. Existisse ela, todos seriam beneficiados pelas conquistas humanas, lembrando que aquilo que beneficia poucos deveria beneficiar muitos. Nas sociedades egóicas em que vivemos, aquilo que prejudica a minoria é ignorado pela maioria e aquilo que beneficia a minoria é negado à maioria. A vontade ṕara mudar este estado de coisas tem que partir da maioria. Para isso, é claro, é preciso ter consciência e ter consciência requer amor-sabedoria.

domingo, 11 de outubro de 2015

Mahatma Gandhi e o professor que não gostava dele

Quando Gandhi estudava Direito na Universidade de Londres tinha um professor chamado Peters, que não gostava dele, mas Gandhi não baixava a cabeça. Um dia o prof. estava comendo no refeitório e sentaram-se juntos. O prof. disse: - Sr. Gandhi, você sabe que um porco e um pássaro não comem juntos? Ok, Prof..... Já estou voando...... e foi para outra mesa. O prof. aborrecido resolve vingar-se no exame seguinte, mas ele responde, brilhantemente, todas as perguntas. Então resolve fazer a seguinte pergunta: - Sr. Gandhi, indo o Sr. por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a Sabedoria e um pacote com muito dinheiro. Com qual deles ficava? Gandhi respondeu.... - Claro que com o dinheiro, Prof.! - Ah! Pois eu no seu lugar Gandhi, ficaria com a sabedoria. - Tem razão prof, cada um ficaria com o que não tem! O prof. furioso escreveu na prova "IDIOTA" e lhe entregou. Gandhi recebeu a prova, leu e voltou: E disse... - Prof. o Sr. assinou a prova, mas não deu a nota! Moral da historia. Semeie a Paz, Amor, compreensão. Mas trate com firmeza quem te trata com desprezo. Ser gentil não é ser capacho, nem saco de pancadas...

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Matrix, Alienação

Enquanto isso, na Matrix, a intolerância partidária, ideológica, religiosa, nacionalista e de gênero anda tão grande quanto a concentração de renda, cada vez maior em todo o mundo, insuflada por um tsunami conservador de fazer inveja ao Füher. Os interesses de uma minoria são rigorosamente estabelecidos e propagados como o bem maior, devastando qualquer tentativa de contê-los, e a alienação se impõe na grande maioria das populações, enquanto ela mesma sofre as consequências, sem se dar conta do que de fato se passa. E grita e esperneia pela moralidade quando o que está por trás desta moralidade é completamente imoral e a realidade em que acredita completamente fabricada. Mas desalienar é muito complicado e não se resolve só com educação, mas com poder de crítica, que vai além dela, apesar de tê-la como base fundamental. Reconhecer a Matriz, saber que está dentro dela, que faz o jogo dela é um primeiro e dificílimo passo, mas totalmente inconveniente. Como teremos uma sociedade mais justa se aquilo em que acreditamos (ou queremos acreditar por conveniência) nos foi imposto como sendo o melhor caminho, mas nos conduz justamente ao oposto do que queremos? Internamente e externamente, um espelho do outro, estamos bloqueados, censurados, anesteasiados. Vivemos uma era onde filosofar é perder tempo, pois tempo é dinheiro, e o lucro está acima de tudo. A verdade e a vida são o que menos importa. O jogo, portanto, é apenas o de adaptação, adaptar-se bem à Matrix, e pronto. O resto é bobagem, tolices passageiras. Nada que uma boa frase de efeito e uma boa risada não resolvam. Os que teimam em procurar uma saída para a Matrix não passam de loucos e utópicos. Alienar é preciso, ou melhor, não é mais preciso. Está posto.

sábado, 3 de outubro de 2015

Utopia

Quando Thomas Morus, escritor inglês que viveu de 1480 a 1535 escreveu Utopia, imaginou uma sociedade perfeita, que proporcionava as melhores condições de vida a um povo equilibrado, vivendo harmonicamente, em paz e feliz, com todo o tempo livre para as artes, leitura e auto-conhecimento. Ao confrontar tal mundo com as sociedades reais, onde predominam os conflitos de todas as ordens, aquele pareceu tão distante, que se tornou inevitável dizer que Utopia era apenas uma ilusão, algo impossível de acontecer. Desse modo, Utopia virou, popularmente, um termo pejorativo, enquanto filosoficamente passa a ser um ideal a ser perseguido, especialmente em termos sociais. Ou seja, sem utopias, sem a busca por uma sociedade melhor, sem a imaginação, a criatividade e o desejo de realizá-la ficaríamos estagnados e conformados com as imperfeições dos nossos modelos de sociedades. Portanto, ao invés de quase xingar alguém de utópico quando propõe ou manifesta o desejo de mudar para revolucionar a sociedade, devemos valorizar a utopia, pois é ela que nos movimenta em busca de uma sociedade melhor para todos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Yin Yang

Nem 8 nem oitenta é uma expressão popular extremamente sábia, talvez inspirada no caminho do meio do budismo. Vivemos nos extremos, polarizando tudo e a todos. Bom, ruim, excelente, péssimo, esquerda, direita, positivo, negativo. Mas no Taoismo descobrimos que o yin contém o yang e o yang contém o yin, lembrando outra frase de que os extremos se tocam. Sabemos também que transcender as polaridades é fundamental. Mas nada disso significa ficar em cima do muro e sim, ás vezes devemos ser extremistas para contrapor o outro extremo. Transcender as polaridades pelo que podemos deduzir só é possível através do amor pleno, na não separatividade, no sentir o uno no diverso. São pistas, para serem sentidas, meditadas, vividas e não para intelectualizá-las, lembrando que tentar ou buscar transcender é dizer que não o fazemos agora e agora é tudo o que temos.