segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A personagem que você vive

Antes de tudo, é preciso saber que você mente, mente para Si mesmo, sempre mentiu, construiu sua vida à base de mentiras absolutamente sinceras. Você aprendeu isso desde cedo, de alguma forma sentiu que este era o modo de viver neste mundo, todos mentindo par si mesmos e para todos. Você foi percebendo como as pessoas agiam, do que gostavam, do que não gostavam, do que era bem-vindo, aceito, e foi tentando agradar a si mesmo e aos outros construindo uma persona, máscara, personalidade, de acordo com isso e foi-se convencendo de quem era. Foi um trabalho danado se adaptar a esta sociedade, ser integrado a ela. De alguma forma você conseguiu, mas agora você começa a perceber que a grande perda neste processo foi você mesmo, sim porque o que foi formado é tão irreal quanto uma personagem de um filme de ficção. Isso a que você chama de você é uma construção que você criou, um castelo de areia. Não há nenhuma solidez, foi feito para cair. Ao ouvir isso, que você sabe ser verdade, o choque é grande, não é mesmo? Isso a que você chama de eu é completamente irreal. E onde está o Eu verdadeiro? Ele está observando este teatro, este personagem que você criou, esperando que você em pleno ato no drama da peça, você lembre que está interpretando uma personagem que criou, boa, ruim, feliz, infeliz, sábia, burra, aquela que você escolheu interpretar. Você pode trocar de personagem quantas vezes quiser, normalmente constrói uma em cada vida, mas o Eu que está na plateia é sempre o mesmo, o Eu real. Pode-se dizer também que o Eu real está vivendo a cada reencarnação um sonho. SE você não está gostando da história da personagem que está vivendo, pode mexer no roteiro e fazer uma história melhor. Agora, você pensou no Karma e como ele age em todos os personagens de cada vida. Ele é o co-roteirista e diretor que trabalha com você ator-diretor e personagens. Conhece seu histórico de interpretações, se melhor para comédia, drama, suas fraquezas e qualidades como intérprete e roteirista-diretor. É seu sócio nisso, trabalham juntos. Pra mudar o roteiro. digamos, um que lhe tire da tragédia e o coloque num musical feliz, vocês têm que escolher um que se adeque à sua capacidade de roteirizar e interpretar. lembre-se que você já escrever e interpretou milhares de personagens. Tem experiência. É perfeitamente possível pra você escolger um roteiro onde você vive uma personagem feliz.

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