quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Planeta Terra Urgente!

Momento chave no planeta mais dual do Universo. Missão: Transcender as polaridades através do amor. Visão: Estabelecer uma sociedade onde todos vivam felizes, satisfeitos, plenos, realizados, unidos, trabalhando todos por todos. Valores: Fraternidade, Igualdade, Coletividade, Liberdade, Criatividade, Evolução, Paz

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Siddharta - reflexões.

Disse Siddharta a Buda: -Se eu eu fosse um dos teus discípulos, ó Venerável, receio... que meu eu só aparentemente, falazmente, obtivesse sossego e redenção, mas na realidade continuasse a viver e a crescer, uma vez que eu teria então a tua doutrina, teria o fato de ser teu adepto, teria meu amor a ti, teria a comunidade dos monges e faria de tudo isso meu eu”. ... “Era meu desejo conhecer o sentido e a essência do eu, para desprender-me dele e superá-lo. Apenas logrei iludi-lo. Consegui, sim, fugir dele e furtar-me às suas vistas. Realmente, nada neste mundo preocupou-me tanto quanto esse eu, esse mistério de estar vivo, de ser um indivíduo, de achar-me separado e isolado de todos os demais, de ser Siddharta! E de coisa alguma sei menos do que sei quanto a mim, Siddharta!” “O facto de eu não saber nada a meu próprio respeito, o facto de Siddharta ter permanecido para mim um ser estranho, desconhecido, tem sua explicação numa única causa: tive medo de mim; fugi de mim mesmo! Procurei o Átman, procurei o Brama, sempre disposto a fraturar e a pelar o meu eu, a fim de encontrar no seu âmago ignoto o núcleo de todas as cascas. Mas, enquanto fazia isso, perdi-me a mim mesmo”. “Atormentava-o a impressão de ter levado uma existência vil, miserável, insensata”. Sentou-se embaixo de sua mangueira no seu jardim e começou a pensar e a reavaliar sua existência. Passou todo dia refletindo, até que pensou: “ “...Aqui estou, ao pé da minha mangueira, no meu jardim”... E esboçou um leve sorriso, ao ponderar se tudo isso era necessário , importante e certo, e não apenas um brinquedo tolo, possuir uma mangueira e um jardim?” “Sempre se pavoneara com altivez; sempre quisera ser o mais inteligente, o mais zeloso... nesse sacerdócio, nessa altivez, nessa erudição infiltrava-se o seu eu; ali se arraigara, crescera, enquanto ele, Siddharta, cria tê-lo aniquilado por meio de jejuns e mortificações”.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Roda da Vida

Tudo é impermanente, até mesmo a memória, que pode ser desligada com os anos, portanto o eu que é feito delas, também desaparecerá para a construção de um novo eu na roda da vida. Talvez só sobreviva o que realmente importa, e o que é mais importante do que o amor? No tempo e no espaço tudo gira, vai e volta em oitavas acima, experimentando, acertando, errando, corrigindo, seguindo, tentando, conseguindo, sempre mais e mais e mais. Mas no eterno, no não tempo, há o encontro, este é o salto quântico, a iluminação prometida.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Canção à beira do vazio.

Olha, não há nada pronto neste troço que se chama vida/há sutilezas em cada corte de espada, não cutuque à tôa esta canção que fala já perdida/não atravesse o barco como se fosse onda/ouça a minha voz lambida que escorre em seu pescoço/roa,mastigue o osso que sobrou daquele sonho/causa alvoroço meu silêncio na sua fala muda/não se espante se me ouvir distante falando baixo ao seu pé de ouvido/não há razão para se ter razão no desconexo despercebido/não há sentido no que perdeu suas raízes/flutua virgem sua paz no estrondo pavoroso deste fogo solto/mil formas de se ver além de tudo/ sem começo/ liberdade/nem cedo ou tarde/se assanha e arranha o universo/como se tudo não passasse de amor e sexo/junte tudo e se largue em reflexo/não sei aonde que cruzamos nossos passos/nossos destinos se tocaram e uma nota alta se ouviu no espaço/peço licença um instante para nos ver ao menos de verdade/nem que seja talvez quem sabe/ pode ser ou não desta vez a última vez