quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A vida e o antigo elevador do Mappin.

Na era onde tudo é descartável, frases, pensamentos, pessoas... como permanecer na impermanência? Lembra o antigo Mappin, onde em cada andar, o ascensorista anunciava os produtos que havia e, quem se interessava, descia naquele andar, ou subia para o seguinte, onde ele anunciava os outros produtos deste andar e assim por diante. Nesse momento, você está em um andar, fazendo certas coisas com certas pessoas, e no momento seguinte, já está em outro andar com outras pessoas fazendo outras coisas. Muda rapidamente de lugar, em um novo tempo, muda de novo, muda tanto, você e tudo em sua volta, que nem você nem ninguém jamais é o mesmo do momento anterior. Ou seja, quando no budismo se diz que tudo é ilusão, até a ilusão de si mesmo, é mais ou menos isso que está dizendo. Identificamo-nos com o que colhemos no primeiro andar, depois no segundo, no terceiro, e achamos que somos a mesma pessoa que esteve em todos esses andares até chegarmos no atual. Mas somos os mesmos? Ou são só pensamentos, recordações, memórias que acumulamos, as quais chamamos de eu? Em um livro de Ricard Bach, ele se encontra com ele mesmo no passado e dá toques para o eu mais novo não cometer os mesmos erros que o eu mais velho já cometeu, num tempo paralelo onde aquele eu teria a possibilidade de viver outro futuro se tivesse feito outras escolhas. Em vez de ter descido no segundo andar, por exemplo, tivesse descido no quarto e encontraria outras pessoas e vivido outras experiências. Seria isso o livre arbítrio? Você faz certas escolhas e vive certas experiências? Poderia isso ser levado ao conceito de reencarnação, onde em cada vida você escolheu certos andares para descer e agora tem que aprender a descer em outros e aprender com estas novas experiências? Ou também descer em mesmos andares, só que desta vez aprendendo a lidar de modo diferente com as situações que viveu neles?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Religiosidade

Sempre me interessei pela religiosidade e quanto mais estudei e participei de grupos religiosos de diferentes correntes, mais fui consolidando a visão da enorme diferença entre religiosidade e religião, a primeira inteiramente independente da segunda, pois não aceita dogmas de nenhuma espécie e portanto, vê em todas as religiões este dogmatismo alienante e separatista do sentimento do religare, ou seja, afasta e não une os homens entre si em uma religiosidade verdadeiramente universal. Muitos ateus são muito mais amorosos do que religiosos de carteirinha. Dizer-se religioso ou espiritualista não faz ninguém ser melhor do que quem se diz agnóstico ou não crente. E isso é fato, pois sei que apesar de tanto estudo sou apenas um pequeno aprendiz na mesma busca de todos, cada um pela sua estrada, seja religiosamente ou não. Aprendi que a pessoa que quer ter razão mostra um forte sinal de que não tem. Somos luz e sombra e pouco sabemos da vida, de nós mesmos, muito menos dos outros, do universo e a respeito de Deus ou o nome que se queira dar. Existem fanáticos pela ciência, idealismos políticos e pela religião. Todo fanatismo é dogmatismo. Todo dogmatismo é prisão. Liberdade é se construir acima destas e de outras ilusões. Tarefa difícil, mas é impossível fugir dela para sempre, seja lá como nos nomeamos ou dizemos ser. Uma tarefa individual, que exige um mergulho rumo ao autoconhecimento, difícil porque quanto mais mergulhamos, mais sombras encontramos e mais queremos fugir delas.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Maçã, figo ou banana?

Baseado em forte indício relatado na Bíblia: ao comer o fruto proibido, Adão e Eva usaram “folhas de figueira” para cobrir “suas vergonhas”. Portanto, o fruto do pecado era o figo. Entre os séculos 4º e 5º, o fruto proibido tornou-se maçã, porque São Jerônimo, ao traduzir a Bíblia do hebraico para o latim, usou a palavra malum ao se referir ao fruto proibido. Em latim, malum significa mal e, ao mesmo tempo, maçã. Contudo, há a ideia de que o fruto proibido pode ser a banana. Estudiosos afirmam que, em tempos bíblicos, a banana era chamada de figo — também chamada de Pomum paradisi (fruto do paraíso). Para Dan Koeppel, autor de “Banana: o Destino da Fruta que Mudou o Mundo”, as folhas da figueira são pequenas demais para esconder as partes pudicas. Portanto, se Adão e Eva se cobriram, fizeram isso com folhas de bananeira, que são maiores. Richard Stemp, autor de “A Linguagem Secreta das Igrejas & Catedrais: Decifrando o Simbolismo Sagrado dos Edifícios Santos Cristãos”, revela que no teto de madeira da Igreja de São Miguel, em Hildeshein, na Alemanha, há uma pintura de Adão e Eva, onde Eva segura uma banana. E ambos estão ao lado de uma bananeira, claro.