sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Perdoai-os, eles não sabem o que fazem.´É incrível como esta frase serve para todos, em todos os lugares, de todas as religiões, de todas as raças, culturas, de todos os níveis sociais. É só olhar pra fora, para a violência. É só olhar para dentro, numa realista autoavaliação. É só olhar para os erros cometidos. É só olhar para os limites de nós mesmos. É só olhar para a arrogância, para a sombra embaixo do tapete. Se soubéssemos mesmo o que fazemos, se tivéssemos mesmo um profundo autoconhecimento, o mundo estaria em paz. Então, pedir perdão, reconhecer que pouco sabemos, é o primeiro passo para a transformação.

domingo, 25 de novembro de 2012

Joseph Campbell, o mitólogo indispensável.

Se você ainda não leu Joseph Campbell (1904-1987), não sabe o que está perdendo. Campbell investigou, ao longo de toda sua vida, a evolução das religiões. Na obra As máscaras de Deus, dividida em 4 volumes - Mitologia primitiva, Mitologia oriental, Mitologia ocidental e Mitologia criativa - o pesquisador conta como nasceram os mitos que deram origem a religiões em todo o mundo. Aponta semelhanças, mostra o lado oculto e desvela as metáforas das histórias mitológicas, mas principalmente indica às mentes estreitas que os mitos tendem a se tornar História, o que é Campbell conta sobre um trecho do livro sagrado do budismo, onde Buda estica uma das mãos e de cada dedo sai um tigre que ataca seus inimigos. Se estivesse na Bíblia, esse mesmo trecho tendo Jesus Cristo como protagonista, os crentes iriam jurar de pés juntos que foi desse jeito que aconteceu. Como disse Alan Watts (Myth and ritual in Christianity): “O Cristianismo foi interpretado por uma hierarquia ortodoxa que degradou o mito até convertê-lo em ciência e história. [...] Porque quando o mito é confundido com história, ele deixa de aplicar-se à vida interior do homem.” Campbell diz que em todo Oriente prevalece a idéia de que o último plano da existência é algo além do nosso pensamento e nosso entendimento. Sendo assim, podemos acreditar no mistério mas não racionalizar ou querer situá-lo histórica e geograficamente. Lá não há o culto como conhecemos no Ocidente. Linhas de pensamento religioso orientais são: “Saber é não saber, não saber é saber” (Upanishad). “Isto és tu” (Vedas). “Os que sabem permanecem quietos” (Tao Te King). Chegar ao outro lado da margem do pensamento para encontrar paz e bem-estar é a finalidade do mito oriental. No mito ocidental existe sempre um criador e uma criatura e os dois não são o mesmo – estão sempre em conflito e sempre há alguém ou algo a atrapalhar, incomodar: um diabo, um extraviado da criação. Diante da pouca importância que o homem tem diante de um Deus tão exigente, ele deve se ajoelhar e servir e não questionar e obedecer a parâmetros sempre ditados por alguma instituição, uma igreja, uma denominação. É uma religião de subserviência, cuja gestão é o conflito e o terrorismo psicológico. Para Campbell, as grandes metáforas das religiões não podem ser entendidas como realidade e não podem atrapalhar o avanço científico da sociedade; não podem interferir na paz entre países, nem em angústias para as pessoas; não podem restringir o direito de amar – ora vejam! –, nem provocar ódio. As grandes metáforas das religiões deveriam ser poesias para os ouvidos – mas ninguém quer saber de poesia!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

No Centro

Só me importa o centro de onde eu enxergo além de todas as ilusões que criei sobre mim Além de todas as polaridades em que vicei a minha mente Além de todos os meus egocentrismos em que me habituei a me conduzir Além de todo sentimento de separatividade com que lidei com todos os seres deste planeta Além do véu em que me revesti Além das verdades que teimei em afirmar Além das mágoas que me deixei sentir e que fiz aos outros sentir Além dos medos que abalaram minha fé no Criador Além da preguiça que me fez recusar ajuda a quem precisava Além da arrogância que me fez me sentir muitas vezes superior Além da ignorância que me fez me sentir inferior Além da petulância de querer explicar o Ser Superior Além da soberba que me fez querer falar algo de concreto sobre o Grande Mistério Além dos desejos que me afastam da verdadeira Vida Além dos sofrimentos que eu mesmo causei a mim Além da imbecilidade de chamar de inimigo alguém mais do que minhas próprias limitações Além do absurdo de não confiar plenamente no Grande Espírito Além da ingratidão por ter a oportunidade de estar aqui, agora Grato Senhor, Grato Senhora, Grato por Tudo Pois tudo e todos são sagrados No Centro Assim É

Guerreiros da Paz


terça-feira, 23 de outubro de 2012

O resgate.

Viva o resgate da mãe sagrada Terra, o resgate do feminino depois de tantos estupros não só a natureza das coisas, mas à natureza de todos nós, ressacralizando a vida, os rios, os mares, a floresta, todos os seres, todos os credos, todos as luzes, a dignidade de sermos parte e não ä parte, todas as raças, todos os povos, tudo isso acontecendo aqui mais do que em qualquer outro lugar, do Brasil para o mundo, espalhando esta seiva de Luz.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Entre

Entre linhas, entre espaços, entre pontos, entre palavras, entre pensamentos, entre fatos, entre verdades, entre mentiras, entre aspectos, entre filosofias, entre religiões, entre culturas, entre meditações, entre.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A cosnsciência não é a mente. Para os yogues, diferentemente do que diz a psicologia ocidental, a Consciência é o nosso verdadeiro Eu, que é pleno, absoluto, Divino. O corpo sutil (mente, intelecto e prāna) funciona como veículo de manifestação do indivíduo, necessário para o nosso funcionamento na vida, nosso “palco” de experiências e relações. Esse corpo sutil, não visível nem palpável, possui “coberturas”que restringem e limitam nossa visão de quem realmente somos, escondendo, aparentemente, o nosso Eu verdadeiro. Essas “coberturas” revestem a Consciência e se interpõem entre ela e os níveis de experiência que o ser humano é capaz de vivenciar em todos os momentos de sua existência. Contudo, elas são necessárias, pois é através desses veículos que ocorre a ligação e transmissão das experiências e sensações do mundo exterior para o mundo interior, mais intuitivo. Os antigos sábios nos dizem que é pelo corpo sutil que trazemos os instintos herdados dos nossos antepassados, os condicionamentos adquiridos na infância, as sensações conscientes e o inconsciente coletivo. A mente definitivamente não é Consciência, não é imutável e Absoluta, ou seja, ela pode ser transformada para evoluir. Assim, é possível concluir que não conseguimos alterar a cor da nossa pele, mas podemos abrir os olhos, reconhecer e, se assim desejarmos, alterar nossas heranças mentais. O Yoga nos indica várias ferramentas para mantermos nossa saúde física e mental em dia, como a prática de āsanas, prānāyāmas e meditação. Com a saúde em equilíbrio, podemos então mergulhar no questionamento de quem somos para nos aprofundarmos na observação, separação e desapego dessas tendências mentais, deixando de ser escravos delas. Maturidade é viver sem buscar responsáveis ou culpados pela nossa condição psicoemocional, mas sermos capazes de caminhar com as nossas próprias pernas, deixando de ser sombras dos nossos passados para nos tornarmos construtores da estrada que nos levará a encontrar a nossa própria Luz.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

No caminho

O caminho da espiritualidade, com frequencia, começa pra valer quando ficamos sem chão e sem saîda, reconhecendo humildemente que precisamos de ajuda e, mais do que isso, vamos atrás dela. Aí começa uma jornada de intenso mergulho em nós mesmos, de reconhecimento dos nossos defeitos e qualidades, de reconhecer a verdade e afastar as fantasias que fazíamos sobre nós mesmos, o que é um trabalho duro, árduo, que exige muita coragem, mas quando a dor é grande e esta passa a ser a única saída, enfrentamos em nome da própria sobrevivência. Se fugimos, nos perdemos mais ainda e o resultado, sabemos, pode ser catastrófico. Pena que muitos acabam optando por isso. Mas quem opta pelo enfrentamento da verdade, sofre, sofre muito, mads lentamente, a cada dia, vai recebendo mais luz e as coisas começam a entrar nos eixos, e vamos nos aproximando degrau a degrau do centro de nós mesmos. Um salto quântico de luz pode ocorrer também, mas não é o costumeiro. Enfim, da dor e da humildade forçada, vai nascendo uma nova pessoa, um renascimento de iniciação. Agora sim, sabemos que, ao menos, vencemos aquela etapa. Reconhecemos que a fé, o mergulho em si mesmo, a honestidade diante do espelho da alma é fundamental para irmos adiante. Com o ego mais domado, abre-se o caminho para o Eu Superior dentro de nós. Cada um à sua maneira, com seu tom, sua nota, passa por isso e segue em frente do seu modo.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O melhor texto de todos os tempos

A Carta do Cacique Seattle, em 1855 Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já 147 anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta: "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo. Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso. De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Teosofia e a História Secreta da Humanidade

A História Secreta da Humanidade Os Sete Níveis de Uma Evolução de Longo Prazo Um Estudante de Teosofia Estudante A: A obra “A Doutrina Secreta”, de Helena P. Blavatsky, fala de sete raças-raízes pelas quais a humanidade deve passar, ao longo de períodos de tempo que para nós são absolutamente gigantescos. Estudante B: Sem dúvida. A onda de vida que habita o reino humano deve evoluir através de sete raças-raízes no ciclo atual. Cada raça-raiz inclui povos de características físicas bastante diferentes e nenhum é melhor do que outro. Igualmente, nenhuma raça-raiz é melhor ou pior que outra. Todas compartilham a mesma essência universal. As mônadas ou almas imortais são todas de um caráter sagrado do ponto de vista esotérico, independentemente do seu grau de evolução ser maior ou menor. Estudante A: Qual é, então, o papel da solidariedade na evolução da vida? Estudante B: A lei da evolução é a lei da fraternidade. A longo prazo, a falta de fraternidade é apenas uma forma passageira de ignorância espiritual que, quando predomina excessivamente, bloqueia a evolução e por isso provoca o final de uma etapa. Frequentemente é deste modo que ocorre o final das civilizações. Dizer que o homem é um animal social é o mesmo que dizer que o homem é um animal solidário. Mas, na verdade, todos os animais são solidários e não há vida sem amor e ajuda mútua. Charles Darwin errou ao pensar que a lei da evolução é uma lei fundamentalmente de competição. Piotr Kropotkin comprovou que, como fator da evolução, a ajuda mútua é muito mais importante do que a competição. Kropotkin também mostrou que a lei da ajuda mútua vale para todos os reinos, desde a evolução química e mineral, até a sociologia e a história humana, passando pelo reino vegetal e pelo reino animal.[1] O homem é, portanto, muito mais do que um animal solidário. Cada ser humano é uma alma imortal que vive simultaneamente em vários níveis de realidade. Entre eles estão o plano da consciência física, o plano das emoções animais e o plano da inteligência divina. Estudante A: A teosofia fala de tempos quase eternos. Uma raça-raiz da nossa humanidade dura um período tão longo que não se pode imaginar facilmente. Estudante B: Sem dúvida. Uma raça-raiz passa por sete estágios de longo prazo, chamados de sub-raças. E cada sub-raça é suficientemente duradoura para incluir uma longa série de civilizações. Estudante A: As sete raças-raízes sucessivas do período “atual” de evolução humana – um período de incontável extensão do ponto de vista do ser humano de hoje em dia – formam uma espécie de espiral, que dá lugar a outra espiral, e assim sucessivamente ao longo do tempo cósmico, como explica H. P. Blavatsky. Nesta espiral, as duas primeiras raças, e as duas últimas, não são físicas? Estudante B: Pode-se dizer isso, sim. Pelo menos a primeira e a segunda raças-raízes, e a sexta e a sétima, não são propriamente físicas. A passagem é gradual. Nas primeiras raças, “os anjos habitavam a terra”. Os “anjos” eram as mônadas humanas. No futuro distante resgataremos isso tendo aprendido tudo o que deveríamos aprender. Estudante A: É bom ter acesso a uma visão saudável do futuro a longo prazo. Mas se as raças-raízes mais antigas ainda não eram físicas, e as raças-raízes futuras já não serão físicas, é necessário perguntar uma coisa. Havia reencarnação naquele tempo? E haverá reencarnação no futuro de longo prazo? Estudante B: Não havia, e não haverá, por falta de necessidade. A ausência de reencarnação nas primeiras raças humanas ocorre porque os seres humanos eram espirituais e não tinham personalidade. A morte só acontece para o plano físico e para a personalidade. É por isso que o eu inferior é qualificado como ilusório pelo budismo filosófico e pela teosofia. Ele é ilusório porque é mortal. Durante as duas primeiras raças, ao final de uma vida humana não havia morte, mas uma transição, uma transmutação, como simbolizado na lenda da ave Fênix. Não havendo morte nem perda de consciência, não podia haver reencarnação. Estudante A: Há quanto tempo terminou esta etapa? Estudante B: A evolução do espírito e da matéria ocorre simultaneamente em nosso planeta e no Universo. As primeiras raças-raízes viveram há muitos milhões de anos atrás. Naquele tempo o planeta tampouco estava fisicamente pronto para abrigar a vida orgânica. Helena P. Blavatsky diz que neste tempo nós tínhamos “sombras de corpos”. Flutuávamos acima do plano físico. Estudante A: Você diz “nós”, ao se referir aos seres humanos daquele tempo. Éramos nós de fato? Estudante B: Sim, no sentido de que as mônadas humanas são as mesmas. Só a “roupagem” externa e inferior mudou, assim como o meio ambiente físico do planeta. Neste sentido, a visão teosófica sobre a origem do ser humano afirma exatamente o contrário da filosofia biológica materialista. Os darwinistas não percebem a diferença entre o ser humano e o seu instrumento externo e denso. Eles parecem pensar que os corpos geram as almas. Isso seria o mesmo que pensar que um automóvel pode produzir o seu proprietário. Os darwinistas defendem a tese de que o instrumento é que cria o seu dono. Na verdade as almas (as mônadas) em evolução necessitaram de veículos ou instrumentos como os corpos físicos atuais, e então foi surgindo gradualmente o corpo humano, que é claramente uma ferramenta a serviço da vida interior. O instrumento físico é resultado da relação dinâmica de longo prazo entre as almas (mônadas) e o mundo material. A evolução prossegue. Há sempre uma tensão criadora na relação entre consciência terrestre e consciência celestial. Esta relação dinâmica também ocorre em pequena escala na consciência de cada um de nós. Nossa atual raça-raiz, a quinta, deve passar por sete estágios de longo prazo chamados de sub-raças. E cada sub-raça inclui uma lista numerosa de civilizações. Estamos iniciando na etapa atual a segunda metade da quinta-raça raiz. E, mais precisamente, estamos iniciando – em uma espiral menor – a segunda metade da atual quinta sub-raça. Estamos vivendo as primeiras luzes da sexta sub-raça da quinta raça-raiz. Será uma sub-raça intuitiva, universalista, fraterna. [2] Estudante A: Isto tem a ver com a era de Aquário? Estudante B: Sim. A era de Aquário, que já começou, será para nós o momento em que ocorre o despertar mais claro da inteligência espiritual, o sexto princípio, Buddhi. Estudante A: Em que escala de espaço-tempo vivem os altos iniciados? Estudante B: Os altos iniciados e Mestres de Sabedoria vivem em uma escala de tempo quase eterno do nosso ponto de vista. Eles possuem a consciência acumulada das sete raças. A reencarnação, para eles, já não existe do ponto de vista prático. Eles não têm a experiência da morte pessoal como uma perda de consciência, porque vivem conscientemente em uma dimensão de espaço contínuo que é planetária e interplanetária, e numa dimensão de tempo contínuo que é de milhões de anos. O aprendizado teosófico consiste na preparação para isso. Ele acelera a expansão natural da consciência humana em direção ao cosmo. Daí a importância do estudo da obra “A Doutrina Secreta”, que aborda a consciência universal em seus vários níveis. Deste modo podemos compreender melhor a evolução da humanidade como algo que é uma parte inseparável da evolução do planeta, e aceitamos o fato de que, quando uma civilização não serve mais à evolução interior da vida, ela é simplesmente descartada, como já ocorreu em inúmeras oportunidades. As civilizações passam: o ser humano permanece, renascendo sempre. Estudante C: Tanto individual como coletivamente, a vida é setenária. O espectro da luz solar também se divide em sete componentes. Há sete planetas sagrados. A escala musical tem sete notas. Isso está ligado à chamada “música das esferas” da tradição pitagórica? Estudante B: É claro. A vida é não só setenária. Vista do ponto de vista do longo prazo − ela se desdobra como uma música sagrada tocada em um instrumento de cordas. Ela percorre as sete notas musicais ou frequências vibratórias, colocando a ênfase ora numa nota, ora na outra, sucessivamente. No caso humano, no prazo mais “curto” de dezenas e centenas de milhares de anos, temos as sete sub-raças. No prazo mais longo, de milhões de anos, temos as raças-raízes; para não falar de ciclos ainda maiores. É neste contexto amplo que se deve compreender a escala de vibrações atuais da vida no planeta Terra, conforme ensinam as obras “A Doutrina Secreta”, “Ísis Sem Véu” e “Cartas dos Mahatmas”. Estudante C: Para evoluir, o ser humano atual necessita evoluir em sete níveis de realidade ao mesmo tempo, inclusive o físico. Como era possível, então, durante as duas primeiras raças-raízes, evoluir sem o corpo? E como será possível fazer isso na sexta e na sétima raças-raízes? Estudante B: Tudo depende do estágio em que está a onda de vida. Todas as coisas que há no universo são setenárias. Os sete princípios da consciência estão presentes pelo menos implicitamente em cada um dos níveis de realidade. O Todo está sutilmente presente em cada uma das suas Partes. Em “A Doutrina Secreta”, lemos que tudo o que há no universo possui um determinado grau de consciência − inclusive as pedras. [3] Qualquer objeto que tomemos do chão para examinar é setenário. Mas sua existência se concentra no físico (primeiro princípio), e ele tem os seis princípios superiores implícitos. Uma árvore sob cuja sombra podemos sentar é setenária. Mas sua existência se concentra especialmente nos três princípios inferiores. O primeiro deles é o físico; o segundo é o vital (prana), e o terceiro princípio é o genético-arquetípico (linga-sharira). Os outros princípios da árvore estão no plano da potencialidade, mas ela já possui lampejos de mais um princípio, kama, o quarto princípio, dos sentimentos e emoções. Plotino escreveu que as plantas buscam a felicidade. Elas também possuem inteligência. H. P. Blavatsky afirma que as plantas têm um certo projeto de vida, e até mesmo um grau de livre arbítrio.[4] Uma nota mais acima na escala musical, os animais mamíferos – como o cachorro, o gato, o golfinho, o elefante, a baleia, o cavalo – são igualmente setenários. Mas sua existência se concentra especialmente nos quatro princípios inferiores: 1) o físico, 2) o vital, 3) o genético-arquetípico e 4) o centro das emoções (kama). Apenas os seus três princípios superiores ainda estão no plano implícito, ou da potencialidade. Assim como as plantas têm lampejos de sentimento, as espécies do reino animal têm lampejos de percepção mental. As espécies citadas acima são casos à parte. Elas estão entre as mais evoluídas do reino animal e vão muito além de meros lampejos. Dialogando por computador, alguns símios chegam a manejar vocabulários de quase mil palavras. Um cachorro também possui um vocabulário amplo, embora sua linguagem sonora talvez lembre a linguagem das primeiras raças humanas, com longas vogais e sem consoantes. Chamamos os vários aspectos da linguagem canina de rosnado, grunhido, ganido, gemido, choro, latido e uivo. Além do som, o idioma dos cachorros também é amplamente corporal e facial, o que pode ser equivalente a milhares de palavras ou unidades de comunicação. Um golfinho tem grande inteligência e capacidade de empatia pessoal com humanos, e sabe dialogar profundamente com seu treinador, inclusive por telepatia. Estudante A: Nesta escala como fica o ser humano? Estudante B: O ser humano também é setenário. Mas sua existência, na maior parte dos casos, se concentra especialmente nos quatro princípios inferiores e na metade inferior do quinto princípio, o princípio mental. Esta é a parte da mente que gravita em torno dos planos físico e emocional. Os dois princípios superiores ainda estão basicamente implícitos. Eles são Atma e Buddhi, os dois princípios que constituem a mônada imortal. Mas o ser humano já tem lampejos de inteligência universal, buddhi. Alguns indivíduos, inclusive, têm mais que lampejos. O aprendizado teosófico consiste precisamente em desenvolver e estabilizar estes “lampejos”, transformando-os em uma lucidez contínua. Os Mestres de Sabedoria são seres que foram além do estágio humano atual e dominam os sete níveis de consciência, desde o átmico até o físico (sthula-sharira). A consciência normal de um Mestre, seu centro natural de gravidade − o ponto em que ela está quando não faz esforço − é a consciência da mônada (sexto e sétimo princípios). Nossa humanidade vive agora os primórdios do despertar da sabedoria, e a crise atual é probatória. Ela é necessária para romper a casca da semente da consciência búdica, e libertar a inteligência universal através da sua germinação na consciência livre dos indivíduos. Toda semente, física ou não, tem uma “dormência” ou um estado de amortecimento que deve ser quebrado para que haja a germinação. O calor e o atrito são necessários para romper o estado de dormência. As crises rompem as rotinas. O que deve despertar na consciência humana atualmente é a inteligência universal, que abrirá caminho para a próxima sub-raça, a sexta. Depois de muitos milhões de anos, é a retomada do caminho para o alto. A etapa consciente da preparação para a sexta etapa da quinta raça-raiz começou a sete de setembro de 1875, com a criação do movimento esotérico moderno. Estudante A: A evolução da mônada – o peregrino − se dá em espiral, portanto, e agora começa a apontar novamente para cima. Estudante B: Exatamente. Na primeira e na segunda raças-raízes, a mônada humana só exercita plenamente a consciência nos níveis superiores. Isso ocorre porque a vida que vem do alto só gradualmente se aproxima do encontro com a matéria densa; e a matéria densa do planeta também só gradualmente se prepara para abrigar a vida. Em certas passagens de 'A Doutrina Secreta', H.P.Blavatsky se refere às primeiras raças raízes como sendo etapas “pré-humanas”, ou “divinas”. Nelas a natureza está fazendo soar as notas mais sutis e elevadas da escala musical. A terceira, a quarta e a quinta raças-raízes são as mais materiais. E as duas últimas raças-raízes, a sexta e a sétima, fazem a onda de vida humana voltar ao mesmo plano transcendente de existência em que ela estava no início. Embora a mônada humana continue a ser essencialmente setenária, agora ela limita novamente o exercício pleno da sua consciência aos níveis superiores de percepção. É a volta para casa. Ela já peregrinou o suficiente, durante a longa passagem pelos planos inferiores de realidade. Estudante A: Como ficam, então, as teorias científicas segundo as quais a origem do homem é material? Estudante B: O ser humano é uma combinação nem sempre estável de matéria e espírito. Deste choque criativo surge a cada vida uma alma mortal que liga o que é celestial (a mônada) ao que é da terra (a matéria densa). Se de um lado nossos corpos físicos têm algo em comum com o solo, os vegetais e os animais mamíferos, de outro lado as nossas almas e a nossa inteligência vêm do reino divino. Espiritualmente, somos filhos do Sol. O conceito teosófico de “ser humano” para a etapa atual do processo evolutivo do planeta é esta complexa conjunção de inteligência divina e de sub-inteligência animal, para não falar das inteligências vegetativas, que são indispensáveis ao bom funcionamento do organismo físico. Blavatsky escreveu que cada célula tem consciência, quer percebamos ou não. Estudante D: A mônada é individual? Estudante B: A mônada é individual e universal ao mesmo tempo. É individual no sentido de que ela peregrina pelo mundo mineral, mais tarde pelo reino vegetal, depois pelo reino animal, pelo humano, e pelo pós-humano. Mas a mônada é universal no sentido de que ela não possui a consciência “individual” ilusória de um ser humano em estado de vigília, porque ela está plenamente unida à lei universal. É preciso dizer que a mônada − termo usado por Leibniz − é um verdadeiro mistério. As realidades transcendentes só podem ser compreendidas com ajuda da intuição espiritual. O cérebro físico não basta. No entanto, o cérebro pode fazer um pouco de ginástica e de exercício para flexibilizar-se. Assim ele descobre o jeito de chegar ao tipo correto de silêncio, que é o silêncio simétrico, o silêncio completo, capaz de abrir espaço para o relâmpago da compreensão. Estudante D: Certo. Mas quando é que surge ou “nasce” uma mônada? Estudante B: Nem as coisas, nem o universo, têm um só início. Tudo é cíclico, tanto em pequena escala como em grande escala. O Universo se dissolve e se refaz ciclicamente com a mesma “massa de modelar”, que será novamente trabalhada pelo espírito. Espírito e matéria são eternos. As obras que resultam da interação de ambos são retomadas a cada nova maré de manifestação e criação. As mônadas atravessam os reinos da natureza, antes de chegar às civilizações humanas. Uma civilização é a casca, a roupa. Quando a roupa fica velha, rasgada, é trocada porque já não serve à peregrinação das mônadas. Estudante A: Você está se referindo à crise climática que está sendo provocada pelo excesso de dióxido de carbono? Estudante B: Sim. É fácil perceber que a civilização atual não é mais viável, nem ecológica nem eticamente. A civilização da mente egoísta, que se coloca a serviço dos instintos cegos, encontrou o seu limite. Segundo o IPCC, o Painel Intergovernamental da ONU, estamos ingressando em uma grande mudança climática. Cientistas independentes de todas as áreas dizem o mesmo. Considera-se o processo praticamente irreversível. Embora a humanidade como tal não corra perigo, é possível que o planeta esteja no final de um dos seus períodos interglaciais. Neste caso a transformação não será suave, conforme pode-se ver examinando o conteúdo da seção dedicada à crise climática e à mudança na civilização no website www.filosofiaesoterica.com. O trabalho de Al Gore diante da questão climática é excelente e confiável. O século 21 deve, portanto, trazer transformações significativas. De fato, existe um materialismo excessivo e um esvaziamento interior na civilização atual, e uma renovação é oportuna. Nas “Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett” (Ed. Teosófica, dois volumes), lemos que “os acontecimentos futuros lançam sua sombra sobre o momento presente”. Quase todos sabem que “alguma coisa geológica” já começou; e também que uma nova inteligência planetária está a surgir coletivamente. Esta inteligência corresponde ao sexto princípio da consciência, que caracteriza a preparação do sexto tipo ou sexta sub-raça da atual raça-raiz. Enquanto abrimos espaços individuais e coletivos para que possa emergir mais facilmente a sabedoria interior do princípio búdico, há uma coisa que não se deve esquecer em hipótese alguma. Ainda que venha a ser incômoda, a mudança planetária traz ao longo do século 21 uma civilização renovada e sustentável, em cujos alicerces estarão os princípios da ética universal e da ajuda mútua. NOTAS: [1] “El Apoyo Mutuo, um factor de la evolución”, Piotr Kropotkin, Editorial Proyección, Buenos Aires, 1970, 334 pp. Em inglês, “Mutual Aid, a factor of evolution”, Dover Publications, New York, 2006, 314 pp. Entre outros, um cientista pioneiro da ecologia, Eugene P. Odum, alertava a meados do século vinte para o fato de que a ajuda mútua foi subestimada como fator vivo no processo de evolução, devido ao peso da influência darwinista. (Veja a obra clássica “Fundamentals of Ecology”, de Eugene P. Odum, W.B. Saunders Company, 1959, Philadelphia and London, second edition p. 242.) [2] A referência às raças imortais da nossa humanidade (passadas e futuras) está na edição original de “A Doutrina Secreta” em inglês, Theosophy Co., volume II, p. 610, e vale a pena examinar também a p. 615. Na edição brasileira, ver as pp. 179 e 180 do volume IV de “A Doutrina Secreta” (edição em seis volumes, da Editora Pensamento). [3] “The Secret Doctrine”, Helena Blavatsky, Theosophy Co., Los Angeles, volume I, p. 274. [4] Em relação a Plotino, veja o tratado IV, na primeira das suas “Enéadas”. Em relação a H.P.B., veja “Collected Writings of H. P. Blavastsky”, TPH, India, volume X, p. 362. 000000000000000000000 Visite sempre www.Filosofiaesoterica.com , www.TeosofiaOriginal.com e www.VislumbresdaOutraMargem.com . Os interessados em fazer um estudo regular da teosofia original podem escrever a lutbr@terra.com.br e perguntar como é possível acompanhar o trabalho do e-grupo SerAtento. 0000000000000000000000000000000000000000000

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sobre o círculo, segundo Alce Negro.

Hehaka Sapa, Alce Negro, chefe e místico Sioux Oglala falando sobre o simbolismo do círculo “Vocês já perceberam que tudo o que um índio faz está dentro de um círculo, isto porque o Poder do Mundo trabalha sempre em círculos e as coisas todas tentam ser redondas. Nos velhos dias, quando ainda éramos um povo forte e feliz, o nosso poder provinha do anel sagrado da nação, e enquanto este anel manteve-se intacto o povo floresceu. A árvore florida era o centro vivo do anel e o círculo dos quatro quadrantes a alimentava. O leste trazia a paz e a luz; o sul, o calor; o oeste, a chuva; e o norte, com seu vento rijo e frio, trazia a força e a paciência. Este conhecimento foi a religião que nos trouxe do mundo exterior. Tudo o que o Poder do Mundo faz é feito em círculo. O céu e redondo e ouvi dizer que a terra é redonda como a bola, e as estrelas também. O vento, no seu máximo poder, rodopia. Os pássaros constroem ninhos em círculos, pois a religião deles é igual à nossa. O sol vem e vai num círculo, como a lua, e ambos são redondos. Mesmo as estações formam um grande círculo em suas mudanças, voltando sempre ao ponto em que estiveram. A vida de um homem é um círculo de infância a infância, e assim em tudo o que o poder move. Nossas tendas eram redondas como os ninhos dos pássaros e dispostas em círculo, o anel da nação, um ninho de muitos ninhos que o Grande Espírito nos deu para gerar nossos filhos.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Como você espera que Deus possa encontrá-lo?

Você deu o endereço certo para Deus?
“Se você tinha que ser um dançarino, a vida virá por aquela porta, porque ela pensa que você é um dançarino. Ela bate na porta, mas você não está lá; você é um bancário. E como a vida vai saber que você se tornou um bancário? Deus vem a você da maneira que ele quer que você seja; ele conhece apenas aquele endereço. Mas você nunca é encontrado lá, você está sempre em algum outro lugar, escondendo-se atrás da máscara de alguém que não é você, com os trajes de alguém que não é você e usando o nome de alguém que não é você. Como você espera que Deus possa encontrá-lo? Ele segue procurando por você. Ele sabe o seu nome, mas você abandonou aquele nome. Ele conhece o seu endereço, mas você nunca morou lá. Você permitiu que o mundo desviasse você”.
"Osho"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Para onde vamos?

Quem disse que a natureza não dá saltos?
Assim como s minerais, os vegetais e todas as espécies de animais, nós, seres humanos, fazemos parte da natureza.
Levamos milhares de séculos para chegar a 1 bilhão de habitantes, no final so século XIX. Em pouco mais de 100 anos, mudamos a face do planeta, construindo, asfaltando, derrubando florestas, poluindo o ar, os rios, a terra e a água.
Nesse curto espaço de tempo, inventamos o vapor, as máquinas, o carro, o avião, o rádio, a televisão, os computadores, a internet.
Revolucionamos a ciência e a medicina, e aumentamos a expectativa de nossa vida e ajudamos a diminuir a expectativa de vida do planeta, com ameaças como a energia nuclear e as invenções e construções que ameaçam o ecossistema.
Mudamos radicalmente nosso comportamento década a década, principalmente dos anos 50 do século XX até hoje. Tudo em compasso com uma capacidade de processar um crescente volume de informacões avassalador.
Algumas coisas não mudaram tanto: a distribuição de renda continua concentrada (cada vez mais), permitindo que somente uma minoria tenha acesso a maioria dos bens imateriais e materiais, como saúde, educação, moradia, carros, lazer de qualidade e determinados bens de consumo,
A aceleração das mudanças geopolíticas economicas é também visível. Regimes e sistemas sobem e descem, transformam-se, entram e saem rapidamente.
Tudo passou a ser descartável com grande facilidade e muda-se tudo em poucos anos, meses , dias e até em horas, minutos, segundos.
Acostumados e vivendo uma avalanche de informações e mudancas rápidas, principalmente as novas geracões, adquirem comportamentos e opiniões igualmente descartáveis e continuamente mutantes, dando corpo a superficialidade em detrimento do aprofundamento nas questões que se apresentam.
O empobrecimento cultural quando se tem assim tantas oportunidades de acesso a cultura é alarmante, mesmo para quem tem acesso a boa educação.
Com pouca capacidade de visão e com cenários rapidamente mutantes, seguimos sem mapas, viajando para o desconhecido, enquanto a população aumenta e a distribuição de renda encolhe.
Para onde vamos?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Coracão e cérebro se comunicam muito, mas muito mesmo.

A Neurocardiologia descobriu que o coração possui seu próprio e intrínseco sistema nervoso em uma rede de nervos tão sofisticado quanto funcionalmente para ganhar a descrição de um "cérebro e coração."

Contendo mais de 40.000 neurônios, "essa mente em menor escal
a” dá ao coração a capacidade de processar informação de forma independente do cérebro, tendo senso, tomando decisões, e até mesmo demonstrando um tipo de aprendizado e memória. Veja mais: http://eftbrasil.blogspot.com/2011/08/conexao-coracao-e-cerebro.html