sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Competição no mundo.

Claro que tudo passa, tudo é movimento, tudo se transforma no mundo das formas. Paralelamente , no mundo da consciência sem forma, tudo é aqui e agora. Como todos os iluminados disseram e tentamos compreender, se lá há barulho, agitação, pensamentos e sentimentos se multiplicando e nós acabamos por nos identificar com eles, agitando-nos, aqui há silêncio, um eterno agora, pleno, repleto de paz. Tudo que surge deste vazio é pura critividade, o novo nasce aqui, a ação exata para cada vibração que surja no mundo das formas, agindo sem se identificar com ele ("Eu não sou deste mundo"). Você olha e lá estão as polaridades, atua vendo-as, agindo sabendo que elas só existem ali, faz o que é preciso com sua consciência que ali age, mas não pertence a este mundo e sempre volta para o eterno, o não tempo, o não local, o imenso vazio criativo, o jardim da paz ("O reino dos céus está dentro de vós") Quando identicados com o mundo das formas, agitamo-nos, oscilamos e cometemos muitos erros. Todos nós. Este é o mundo do ego, do egoísmo que brota do sentimento da separatividade, Dele nasce a guerra, os confrontos, a não compaixão, a ausência do sentimento da unicidade, o não amor. O sentimento da separatividade surge, portanto, da identificação com as formas e as polaridades, de todas as espécies. Elas impedem de amar ao outro, enquanto que no mundo da não forma, da consciência plena, não existe o outro e sim o nós. O ego individual morre e nasce o Um, Um com todos, com todos os seres ( "é preciso morrer para realmente viver"). Vítimas do sentimento egóico, tudo que julgamos diferente de nosso ego, do que está nele, é visto como perigoso para ele e ele se torna perigoso para todos e para nós mesmos, fazendo tudo para alcançar seus objetivos, combatendo a tudo e a todos que julga atrapalhá-los nesta meta. Surge assim a competição, a base, o alicerce da nossa sociedade egóica. É só olhar e ver. - Olhem! - Silêncio! - Entrem! Este é o convite que os iluminados sempre nos fizeram! Em vez de fazer isso, criamos as religiões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário