quarta-feira, 24 de maio de 2017
Cadê você?
De tanto caminhar
caminhei
e de tanto parar
parei
e de tanto tão pouco
o inevitável
não respeitou
nem o tanto
nem o tão pouco:
Ouvi um grande estalo
minha alma em mil pedaços
ela voou milhas distante
ela voou em um instante
e eu aqui sentindo tanto
a falta dela falta em mim
sussurro aos cantos desencantos
na escuridão dos meus mantos
eu sem ela, ela sem mim
solidão, saudade, escuto
minha voz sem voz em mim
na parede com uma vela
procuro em vão
sombras,formas, pistas, um sim
fecho os olhos, mas não te vejo
nem ao menos um sinal
solto laços no espaço
tentando te puxar
solto iscas tentando te fisgar
solto, não sei onde buscar
uso a mente,
tiro a mente
tento sentir, mas o não sentir
insiste em se fixar
terra, água, fogo, éter e ar
aonde ande você
por favor me dê um alô
diga que pode voltar
onde quer que você ande
não esqueça, você já esteve em mim
eu quero tanto a ti
eu que quero tanto a ti
vem minha alma
senão eu não posso ir
venha você, volte a mim
Não vejo a hora de te encontrar
volte
ou deixe eu ir a ti
minha alma não vá de vez
pare, espere eu te alcançar
um só gesto seu me basta
um aceno ou uma palavra
a qualquer sinal eu corro
abandono tudo e te encontro
seja lá onde você estiver
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário