quinta-feira, 25 de junho de 2015

O despertar sem religião nenhuma.

Eckhart Tolle e Mooji são dois seres atuais que despertaram. Falam a mesma coisa, com quase as mesmas palavras, cada um do seu jeito. Quando citam Jesus, Buda, Mahavira, citam seres que também despertaram, explicam pela ótima dos iluminados e não a nossa, que é absurda, repleta de conjecturas e pensamentos, pois são justamente estes que impedem-nos de nos iluminar. O foco é sempre aqui e agora, acordar neste instante, sem ego, que é o resultado de memórias, pensamentos, identificações. Falam em consciência, presença, vazio, silêncio. Eckhart Tolle fala em um video que se encontra no youtube, como tantos outros dele e de Mooji, que a época de ouro tanto falada, no passado longínquo da humanidade, era o paráiso, quando não havia pensamento, e estávamos todos, sem ego, imersos na haromin do todo, sem o sentimento da separatividade. Quando surgiu o pensamento, fomos expulsos daquele paraíso, com o propósito de desenvolver o conhecimento através do pensamento, e construir toda esta civilização que, ao longo da história, foi erguida através do fruto deles, nossos egos. Diz que chegamos ao ponto da evolução que agora devemos retornar à nossa casa, à casa do Pai, ao Paraíso, mas agora com o conhecimento, despertar para a nossa unidade com tudo e com todos, após essa jornada, com a consciência enriquecida pelos frutos do ego, o que somente é possível transcendendo-o, vivendo o aqui e agora, a presença, sem apego aos pensamentos. Mooji nos diz que somos anteriores ao Universo, jamais nascemos, jamais morreremos, somos esta consciência eterna, inabalável, somente nos esquecemos disso, que só é atingida enquanto estamos na ilusão do ego e dos pensamentos. Isso é tudo. Pode ser alongado, explicado em mil vertentes, mas o resumo é este, e eu concordo totalmente. Não porque procurar outra coisa. Conheça você mesmo, é o que sempre foi dito pelos sábios e iluminados, agora começo a entender o que é isso. E isso não leva um tempo para acontecer, não exige busca, simplesmente quando se entende com o mais profundo de si mesmo, aí está. Procurei a verdade toda minha vida e agora encontrei. ESqueça as religiões, conceitos de qualquer espécie. Isto não é um conceito, não exige crença em ninguém, nem em nada. Deus está em você, em cada um de nós, cabe a nós depertá-lo em nós mesmos, reconectarmo-nos a Ele dentro de nós, e simplesmente Ser. Se alguém lhe dissesse, um cara que fosse considerado um sábio extraordinário admirado por todos, que tudo o que ele fez foi descobrir dentro dele todas as respostas e no instante que fez isso obteve a paz e a sabedoria e que qualquer ser humano pode fazer o mesmo e o dever de cada um é fazer isso para ser feliz, você faria o quê? Agradeceria profundamente e tentaria encontrar o que ele encontrou dentro dele dentro de você, certo? Foi isso que ele recomendou não é mesmo? Mas, se ao invés de fazer isso, de procurar seguir o recado que ele deu, você passasse a idolatrá-lo e fundasse uma religião em nome dele? E pior, dissesse que somente ele falou a verdade definitiva, que os outros sábios anteriores são menores do que ele ou, pior ainda, se você dissesse que somente aceitando-o e divulgando o nome dele as pessoas poderiam se salvar do pecado, e iriam para o céu e não para o inferno, o que você estaria fazendo? Uma loucura não é mesmo? Não foi nada disso que ele te disse. Ele foi simples e direto: - Encontre a verdade dentro de você mesmo e seja livre. Ah, mas escreveram em um livro que ele disse que ninguém chegaria à verdade - deram o nome de Deus a ela - se não fosse através dele. Ora, o que ele quis dizer e disse, e talvez foi adulterado ou mal interpretado, é que ninguém chegaria à verdade, se não fosse do modo que ele disse, ou seja, procurando a verdade dentro de si mesmo. Não parece óbvio? Ora, é isso, e isso faz toda a diferença. Estamos há milênios cultuando fora de nós Krishna, Buda, Mahavira, Jesus, quando a única coisa que devereríamos ter feito é pocurar a verdade dentro de nós, para acordarmos, despertarmos da ilusão dos pensamentos, que resultaram em nossos egos, que nos trouxeram de um lado o conhecimento, mas de outro o sentimento de separatividade e todas as ilusões vindas deste sentimento, que nos impede sermos felizes, conectados e totalmente integrados uns aos outros, com o mundo, os universos, o cosmos. É hora de acordar, voltar para casa. Todos somos filhos da verdade, ou Deus, se preferir chamar assim.

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