sábado, 7 de outubro de 2017

Nossa posição no mundo.

Se perdermos de vista nossa posição no mundo, caímos, e o que mais se vê são bêbados equilibristas. Entorpecidos quase todos estamos, em menor ou maior grau, muitas vezes rindo quando se deve chorar e chorando quando se deve rir, sempre com medo de expormos nossa falta de compreensão, de um desespero escondido em querer entender o que se passa em nós e em nossa volta, sempre buscando um ponto de apoio para nos sustentarmos de pé. Entre fugir para o Himalaia ou pra selva amazônica e enfrentar 10 horas por dia o enfadonho dia a dia, tentamos permanecer num meio termo que se espelha em nossas escolhas nem tanto ao mar nem tanto à terra, sem conseguir evitar o balançando do barco e do trem com enjoos frequentes. Reis da contradição, procuramos sim um eixo, uma estrada tranquila com árvores para nos fazer sombra na caminhada para um destino incerto Precisamos nos manter em pé e para isso são inevitáveis as escolhas. Negar as opções e não escolher é aumentar a embriaguez.Não que às vezes ela não possa ser boa, ao contrário, há momentos que saudar Dionísio e beber alegremente é uma dose de salvação indispensável, como insulina para diabéticos. Sim, precisamos do êxtase, mas também de nos recolher para nos conhecer, para ter uma posição no mundo.

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